
O clima no Supremo Tribunal Federal está pesado, e não é por causa do ar-condicionado. Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino deixaram claro, em suas análises recentes, que a violência registrada durante os atos golpistas de 8 de setembro não vai passar em branco. Muito pelo contrário.
Parece que a coisa está ficando séria – mais séria do que já era. E olha que já era.
O Peso dos Bastões e das Pedras
Não foram só palavras de ordem e cartazes. Os vídeos que circularam mostram cenas lamentáveis: agressões, tentativas de invasão, confronto físico com as forças de segurança. Moraes, sempre incisivo, classificou isso como um salto perigoso na escalada antidemocrática. Dino, por sua vez, fez coro ao destacar o caráter violento de parte dos manifestantes.
E aí que está o ponto que todo mundo está comentando nos corredores do poder: essa violência toda não é um detalhe menor. Ela pode ser – e tudo indica que será – um fator decisivo na hora de definir as sentenças dos investigados e processados.
Não é Sobre Opinião, é Sobre Ação
O direito de manifestar é sagrado, ninguém discute. Mas o que acontece quando esse direito ultrapassa a linha e vira crime? A resposta, segundo entendem os especialistas, está na gravidade dos atos praticados. E violência, convenhamos, é sempre um agravante de peso.
Os ministros sinalizam que a análise judicial vai considerar minuciosamente quem planejou, quem financiou e, principalmente, quem praticou ou incitou a agressividade. A dosagem da pena pode variar muito dependendo desse envolvimento direto com os episódios mais graves.
O Que Esperar dos Próximos Capítulos?
O sistema de Justiça, lento como sempre, agora parece movido por uma urgência silenciosa. As investigações correm, e os processos devem seguir o mesmo ritmo. A expectativa é que as condenações reflitam a intolerância do Estado com aqueles que apostaram na força bruta para tentar subverter a ordem.
Uma coisa é certa: o STF não parece disposto a dar desconto. A mensagem que está sendo passada é clara como água – atos violentos terão consequências proporcionais à sua gravidade. O tempo dirá como essa teoria será aplicada na prática, mas o recado já foi dado.
O Brasil, mais uma vez, se vê diante do espelho, tendo que encarar as feridas abertas pela polarização. E o Judiciário, parece, está pronto para costurá-las com a linha dura da lei.