O depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro à Polícia Federal (PF) continua a gerar repercussão, especialmente entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Alguns deles não pouparam críticas às declarações de Bolsonaro, classificando-as como contraditórias e pouco convincentes.
Segundo fontes próximas ao tribunal, há uma percepção generalizada de que o depoimento pode ter sido um "tiro no pé" para o ex-presidente, já que suas respostas foram consideradas evasivas em pontos cruciais da investigação.
O que dizem os ministros?
Embora não tenham se manifestado oficialmente, ministros do STF teriam comentado reservadamente que o depoimento de Bolsonaro não ajudou a esclarecer as acusações contra ele. Pelo contrário, algumas respostas podem até ter fortalecido a posição dos procuradores.
Um dos pontos mais criticados foi a justificativa de Bolsonaro sobre a reunião com ministros em que supostamente discutiu a possibilidade de um golpe de Estado. Para os magistrados, a explicação foi "frágil" e "pouco plausível".
Impacto político
O caso já tem reflexos no cenário político. Aliados do ex-presidente tentam minimizar os efeitos do depoimento, enquanto oposicionistas veem no episódio mais um capítulo da crise institucional que marcou o governo Bolsonaro.
Analistas apontam que, independentemente do desfecho jurídico, o depoimento pode influenciar a imagem pública do ex-presidente e seu eventual projeto de retorno ao poder.
Próximos passos
Agora, cabe à PF e ao Ministério Público Federal (MPF) analisarem as declarações e decidirem se há elementos suficientes para novas medidas judiciais. Enquanto isso, o STF acompanha o caso de perto, mas evita se pronunciar oficialmente para não interferir no andamento das investigações.
