
O ex-assessor militar da Presidência da República, Mauro Cid, deixou a sede da Polícia Federal (PF) em Brasília após prestar depoimento que durou mais de três horas nesta quinta-feira (13). Ele é investigado em um inquérito que apura supostas irregularidades na emissão de um passaporte diplomático.
Segundo fontes próximas ao caso, o depoimento foi conduzido por agentes da PF e teve como foco esclarecer as circunstâncias em que o documento teria sido emitido. O inquérito foi aberto após denúncias de que o passaporte poderia ter sido utilizado para beneficiar pessoas próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Detalhes da investigação
A investigação está centrada em possíveis desvios de finalidade na emissão do passaporte diplomático, que possui regras específicas e é destinado a autoridades em missões oficiais. A PF busca apurar se houve abuso de poder ou favorecimento ilegal.
Mauro Cid, que já foi preso no âmbito da Operação Venire, negou qualquer irregularidade durante o depoimento. Seus advogados afirmaram que ele colaborou com as investigações e que todas as ações foram realizadas dentro da legalidade.
Repercussão política
O caso ganhou destaque na mídia e tem sido acompanhado de perto por políticos e analistas. Alguns parlamentares da oposição defendem que a investigação avance para esclarecer possíveis vínculos com o governo anterior.
Por outro lado, aliados de Bolsonaro classificaram o inquérito como uma perseguição política e destacaram que Mauro Cid sempre agiu com transparência em suas funções.
A expectativa agora é que a PF conclua os levantamentos e encaminhe o caso ao Ministério Público Federal (MPF) para análise e possível denúncia.