O cenário político brasileiro ganha mais um capítulo digno de roteiro de suspense. Marcos do Val, ex-senador que já esteve no centro de polêmicas, agora terá sua liberdade vigiada por um acessório tecnológico: a famigerada tornozeleira eletrônica. A decisão judicial, que caiu como uma luva para alguns e como um balde de água fria para outros, mostra que a Justiça não está para brincadeiras.
Enquanto isso, nas entranhas do poder, um levantamento recente traz dados que fariam até o mais cético dos analistas levantar as sobrancelhas. Alexandre de Moraes, o ministro do STF que vive no olho do furacão, aparece em ascensão nas pesquisas de opinião. Coincidência? Tem quem diga que não.
O caso do ex-senador
Marcos do Val, figura que já foi considerada 'personagem secundário' no teatro político, agora protagoniza seu próprio drama judicial. A tornozeleira, aquela pulseira high-tech que virou símbolo de restrição de liberdade, será sua companheira inseparável por um bom tempo. O dispositivo, que parece saído de um filme de ficção científica, monitora cada passo do ex-parlamentar - literalmente.
Os detalhes da decisão são tão complexos quanto um labirinto burocrático. O juiz, com caneta afiada e argumentação que não deixa pontas soltas, considerou que as evidências contra Do Val eram mais sólidas que concreto armado. A defesa, é claro, já anunciou que vai recorrer - porque no direito brasileiro, quando uma porta se fecha, sempre há uma janela do recurso aberta.
O fenômeno Moraes
Enquanto isso, nas altas esferas do Judiciário, Alexandre de Moraes parece estar escrevendo seu próprio manual de como sobreviver (e prosperar) na política brasileira. A pesquisa, realizada por instituto respeitável, mostra que o ministro do STF está conseguindo fazer o que muitos consideravam impossível: ganhar apoio popular mesmo sendo alvo constante de críticas.
Os números falam por si só. Em um país onde a confiança nas instituições vive no subsolo, Moraes conseguiu o equivalente a um milagre estatístico. Especialistas arriscam algumas explicações: postura firme, discurso técnico ou simplesmente o 'efeito vilão necessário' em tempos de polarização extrema. Seja como for, o fato é que o ministro está longe de ser um zumbi político - muito pelo contrário.
O que esses dois episódios têm em comum? Mais do que parece. Ambos refletem os ventos de mudança que sopram sobre as estruturas de poder no Brasil. De um lado, a Justiça mostrando que o 'faroeste eleitoral' pode estar com os dias contados. De outro, um ministro que, contra todas as probabilidades, está conseguindo navegar nas turbulentas águas da opinião pública.
Resta saber: será que a tornozeleira de Do Val vai fazer barulho? E até quando o 'efeito Moraes' vai durar? No tabuleiro político brasileiro, a única certeza é que as peças estão em constante movimento.
