Parece que a política brasileira nunca decepciona quando o assunto é surpresa. Nesta sexta-feira (25), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) conseguiu o que muitos considerariam impossível: deixar o país mesmo com uma ordem judicial determinando a apreensão do seu passaporte.
Não, você não leu errado. Enquanto a maioria de nós mal consegue passar pelo aeroporto sem perder meias na esteira de raio-X, o parlamentar simplesmente embarcou rumo ao exterior como se fosse um passageiro qualquer. Acontece que a Justiça Federal do Espírito Santo havia emitido um mandado para que ele não saísse do país — mas, como diz o ditado, "onde há fumaça, há um político escapando pela porta dos fundos".
Como foi possível?
Bom, aí é que está o pulo do gato. Fontes próximas ao caso afirmam que o sistema de controle de fronteiras simplesmente não foi acionado a tempo. Imagina só: num país onde até comprar pão no cartão pode demorar 30 segundos para autorizar, o sistema de imigração levou horas para ser atualizado. Conveniente, não?
Detalhe curioso: o voo do senador decolou de Guarulhos, em São Paulo, por volta das 14h. Só às 16h30 — duas horas e meia depois! — é que a Polícia Federal recebeu oficialmente a comunicação judicial. Coincidência ou timing perfeito? Você decide.
O que diz a defesa
Os advogados de Marcos do Val soltaram aquele clássico "meu cliente não sabia de nada". Segundo eles, o parlamentar teria viajado a trabalho antes mesmo de ser notificado sobre a decisão judicial. "Absoluta falta de informação", disseram, em um tom que quase dá pra ouvir os olhos rolando.
- A ordem judicial foi emitida na quinta-feira (24)
- O senador embarcou na sexta-feira (25) à tarde
- A PF só foi comunicada após o voo já estar no ar
E agora? Bom, o Ministério Público Federal já anunciou que vai pedir explicações formais à Polícia Federal sobre o caso. Enquanto isso, nas redes sociais, o assunto já virou piada pronta: "Passaporte apreendido é igual dieta de segunda-feira — só existe no papel".
O contexto por trás da polêmica
Para quem tá por fora, essa história toda começou com as investigações sobre os supostos áudios do ex-ministro Milton Ribeiro. Marcos do Val foi ouvido como testemunha, mas acabou se tornando alvo de medidas judiciais depois que suas declarações começaram a... bem, digamos que "não bater" com algumas evidências.
Não é a primeira vez que o senador vira notícia por motivos controversos. Em 2023, ele já havia sido alvo de críticas por suas posições polêmicas. Agora, com esse novo capítulo, a pergunta que fica é: quando esse livro vai fechar? Ou melhor, será que alguém ainda se surpreende com esses roteiros?
Enquanto isso, no aeroporto, passageiros comuns continuam tendo que tirar os sapatos e passar por scanners por uma garrafa de água esquecida na mochila. Ironias à parte, o caso levanta questões sérias sobre a efetividade do nosso sistema de controle fronteiriço — especialmente quando os passageiros têm cargo político.
