
O Palácio do Planalto está montando uma jogada de mestre — e o timing não poderia ser mais estratégico. Enquanto a oposição pressiona por uma polêmica anistia a investigados por crimes eleitorais, o governo prepara uma cortina de fumaça com sabor popular: a tão sonhada isenção do Imposto de Renda para boa parte dos brasileiros.
Não é de hoje que a tal anistia ronda os corredores do Congresso como um fantasma. Só que agora, a coisa ficou séria. A proposta, que basicamente perdoa multas de partidos e candidatos, está na fila — e o Planalto não quer nem saber dela avançando.
E aí entra a jogada. Que tal ocupar a pauta com algo que, convenhamos, interessa bem mais ao cidadão comum? Algo palpável. Algo como… dinheiro no bolso.
Prioridade máxima: projetos que conversam com o povo
A equipe econômica e líderes do governo no Legislativo estão alinhados. A missão é clara: travar a pauta da Câmara com temas de apelo popular. E a isenção de IR é a estrela principal desse espetáculo.
Mas não para por aí. A lista de prioridades inclui:
- O projeto que aumenta o limite para isenção do Imposto de Renda
- A regulamentação de apostas esportivas online (e os impostos que vêm junto)
- Medidas de facilitação de crédito
- O marco garantias para empréstimos
Sabe aquele ditado que diz "o que os olhos não veem, o coração não sente"? Pois é. A ideia é justamente essa: inundar a agenda com temas urgentes e populares, deixando a anistia eleitoral lá no fim da fila — quiçá esquecida num canto qualquer.
O jogo político por trás das cortinas
O presidente da Câmara, Arthur Lira, já deu seu recado: quer votar a anistia. Mas o governo… bem, o governo não está muito a fim. E não é por falta de aviso.
Líderes partidários já foram alertados. A orientação é clara: emperrar qualquer avanço da proposta. E se depender do Planalto, a pauta econômica e social vai engolir qualquer espaço que sobrar.
É aquela velha máxima política: quem controla a pauta, controla o jogo. E nesse momento, o governo está com a mão no controle.
Resta saber se a estratégia vai funcionar — ou se a pressão pela anistia vai falar mais alto. Uma coisa é certa: os próximos dias na Câmara prometem ser de muita… negociação.