Era uma manhã cinzenta em Nova York quando George Santos, o ex-deputado federal que virou sinônimo de escândalo nos EUA, decidiu encarar a música. Filho de brasileiros, o político — que já foi chamado de "mentiroso patológico" até por aliados — enfim colocou as mãos para cima diante das autoridades americanas.
Não deu para enrolar mais. Depois de meses fugindo dos holofotes (e da lei), Santos se entregou voluntariamente nesta quinta-feira (25). O motivo? Acusações pesadas de fraude financeira e lavagem de dinheiro que somam 13 crimes federais. A justiça americana não perdoou.
Da Câmara para a cela
Quem diria, hein? O mesmo cara que jurou de pés juntos ter trabalhado no Goldman Sachs e perdido quatro funcionários no atentado de 11/9 (mentiras desmascaradas pela imprensa) agora encara as grades. A queda foi rápida — em dezembro, ainda dava entrevistas cheio de pose. Hoje, mal consegue um advogado decente.
Detalhe curioso: Santos sempre se apresentou como "o primeiro congressista abertamente gay" eleito como republicano. Só que... bem, ninguém nunca viu o tal marido que ele tanto mencionava. Coincidência?
Brasileiro? Só no sangue
Apesar das raízes familiares no Brasil (os pais são de Niterói), Santos nunca pisou aqui como cidadão. Preferiu inventar histórias sobre um suposto passado de jogador de vôlei no Flamengo — outra lorota que desmoronou feito castelo de areia.
"Ele é um caso clássico de mitomania", disparou um ex-colega do Partido Republicano, que pediu para não ser identificado. "Inventava até o café da manhã que tomava."
Enquanto isso, nas redes sociais, a reação foi imediata:
- Memes comparando ele a personagens de Arquivo X
- Hashtags como #SantosLivre (ironicamente, claro)
- E até uma vaia virtual organizada por eleitores enganados
O que esperar agora? Com o processo correndo em segredo de Justiça — coisa rara nos EUA —, tudo indica que Santos vai tentar um acordo. Resta saber se a promotoria aceita. Afinal, depois de tantas mentiras, quem vai acreditar na palavra dele?
