
O que parecia roteiro de filme policial virou realidade nesta quarta-feira (24). Num depoimento que deixou até os investigadores de cabelo em pé, o general da reserva Mário Fernandes — sim, aquele mesmo que já foi chefe do Gabinete de Segurança Institucional — confessou ter arquitetado um plano sinistro para eliminar autoridades brasileiras.
Não foi um delírio, não. O homem que já esteve no centro do poder federal descreveu com riqueza de detalhes — e um frio na espinha — como reuniu um grupo de militares da ativa e da reserva para "neutralizar" (leia-se: matar) políticos, ministros e até juízes federais.
O que diabos aconteceu?
Pra quem tá chegando agora nesse rolo: o caso veio à tona depois que um dos envolvidos, arrependido, resolveu cantar a pedra. A Polícia Federal escavou conversas em grupos secretos de WhatsApp — daqueles que apagam mensagens automaticamente — e encontrou provas que dariam um thriller de espionagem.
- Listas com nomes de alvos prioritários
- Cronogramas de monitoramento
- Orçamentos para armas e equipamentos
- Códigos cifrados que só decifraram com ajuda do Exército
E o pior? Algumas etapas já estavam em execução. Muito assustador.
"Foi erro de cálculo", diz general
Na cara e na coragem, Fernandes admitiu tudo. Mas tentou justificar com um argumento que deixou os delegados boquiabertos: segundo ele, era um "plano contingencial" para caso o país entrasse em "colapso institucional". Tipo aqueles filmes apocalípticos onde os militares assumem o controle, sabe?
Detalhe macabro: quando pressionado, o general soltou um "exagerei na dose" que pareceu mais conversa de bar do que de quartel. Até a defensora pública ficou sem reação.
E agora, José?
O Ministério Público Federal já tem o relatório completo — 327 páginas de pesadelo burocrático. Entre as medidas que devem ser tomadas:
- Prisão preventiva de Fernandes e mais 11 envolvidos
- Quebra de sigilo de 23 contas bancárias
- Revogação imediata de portes de arma
- Investigção de possíveis financiadores
E tem mais: fontes próximas ao STF dizem que o caso pode chegar ao ministro Alexandre de Moraes ainda esta semana. Alguém aí lembra do inquérito das fake news? Pois é...
Enquanto isso, em Brasília, o clima é de tensão. Ninguém no Planalto — nem mesmo os assessores mais casca-grossa — esperava uma bomba dessas. Resta saber quantos outros generais estavam a par do esquema. Como diria meu avô: "quando a casa cai, os ratos correm pra debaixo do mesmo armário".