Ex-subprefeita da Lapa presa por extorsão agora tem cargo de R$ 15 mil na Câmara de SP
Ex-subprefeita presa por extorsão tem cargo de R$ 15 mil

Uma ex-subprefeita da Lapa, que chegou a ser presa sob acusações de extorsão contra comerciantes da região, agora ocupa um cargo com salário de R$ 15 mil na Câmara Municipal de São Paulo. O caso levanta questões sobre a interseção entre o sistema político e a Justiça criminal.

Do cárcere ao cargo público

A trajetória da ex-gestora pública toma contornos surpreendentes. Após responder a processos por supostamente cobrar valores ilegais de empresários locais durante sua gestão na subprefeitura, ela agora integra a equipe do Partido Verde (PV) no legislativo municipal.

O cargo em questão oferece uma remuneração mensal que supera a média salarial brasileira, gerando controvérsia entre aqueles que acompanham o caso.

Operação da Polícia Civil

As investigações que culminaram na prisão da ex-subprefeita fazem parte de uma operação mais ampla da Polícia Civil. According to as apurações, a prática de extorsão teria sido sistemática durante seu mandato na Lapa, atingindo principalmente comerciantes que dependiam de alvarás e licenças da prefeitura.

As vítimas relatavam ser coagidas a pagar quantias em dinheiro para agilizar processos ou evitar embaraços burocráticos.

Contratação pelo Partido Verde

A contratação pela bancada do PV na Câmara Municipal de São Paulo ocorreu mesmo com o histórico criminal da ex-subprefeita. O partido, tradicionalmente associado a bandeiras como transparência e ética na política, agora abriga em seu quadro funcional alguém com passagem pelo sistema carcerário.

O caso promete reacender debates sobre os critérios para contratações no serviço público e a recondução de figuras políticas com antecedentes criminais a cargos de confiança.

Repercussão política

Especialistas em direito administrativo apontam que, embora a legislação permita a contratação em alguns casos, a nomeação de pessoas com histórico criminal para cargos públicos pode minar a confiança da população nas instituições.

O episódio ilustra as complexas relações entre poder político, processos judiciais e carreiras públicas na maior cidade do país.