
Era uma manhã como qualquer outra em Lages — até que a Polícia Civil baixou o martelo. O ex-prefeito da cidade, cujo nome ainda ecoa nos corredores da prefeitura, virou alvo de uma operação que deixou a serra catarinense em polvorosa.
A Operação Gaeco, aquela que não avisa quando chega, desembarcou com mandados de busca e apreensão. O alvo? Um contrato de pavimentação que, segundo o Ministério Público, cheirava a coisa errada desde o primeiro tapa de brita.
O que a investigação apurou até agora
Detalhes vazam como asfalto mal aplicado:
- Valores inflados como pneu em dia de calor — e olha que em Lages faz frio
- Licitação que teria seguido o caminho mais curto, mas não o mais reto
- Empresas que apareciam do nada como cogumelos após chuva
"Tem coisa que não fecha", comentou um dos investigadores, enquanto revirava documentos com a paciência de quem monta quebra-cabeça sem ver a imagem da caixa.
E o ex-prefeito?
Bom, ele ainda não se manifestou — mas a defesa já soltou aquele comunicado padrão sobre "confiança na Justiça". Você conhece o script: "inocente até prova em contrário", "cooperação total", e por aí vai.
Enquanto isso, nas ruas de Lages:
- Moradores esfregam os olhos ao ver as mesmas ruas esburacadas que motivaram a obra
- Comerciantes cochicham nos bares sobre "dinheiro que evaporou"
- O MPSC garimpa cada nota fiscal como garimpeiro atrás de ouro
E aí? Será que dessa vez a conta vai chegar para quem realmente deve pagar? A cidade — e o dinheiro público — agradeceriam.