O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, foi preso nesta quinta-feira (13) pela Polícia Federal (PF) em uma operação que investiga suspeitas de irregularidades na emissão de passaportes. A ação está relacionada ao caso do ex-assessor militar Mauro Cid, que também está sendo investigado.
Segundo fontes próximas ao caso, Machado teria facilitado a emissão de um passaporte para Cid, que está no centro de uma série de investigações envolvendo o governo anterior. A prisão ocorreu em um hotel de luxo em Brasília, onde o ex-ministro estava hospedado.
Detalhes da operação
A PF cumpriu um mandado de prisão temporária contra Gilson Machado, que terá até cinco dias para responder às acusações. Além dele, outros envolvidos no esquema estão sendo investigados.
As investigações apontam que o ex-ministro teria usado sua influência para agilizar processos burocráticos, beneficiando pessoas ligadas a Mauro Cid. A PF ainda não divulgou todos os nomes dos investigados, mas adiantou que novas prisões podem ocorrer.
Repercussão política
A prisão de Gilson Machado já causa impacto no cenário político brasileiro. O ex-ministro era uma figura próxima ao ex-presidente Jair Bolsonaro e sua detenção pode acirrar os ânimos entre aliados e opositores do governo anterior.
Especialistas em direito afirmam que, se comprovadas as irregularidades, Machado pode responder por crimes de advocacia administrativa e corrupção. O caso também pode abrir novos flancos de investigação sobre o uso de cargos públicos para benefícios pessoais.
Enquanto isso, a defesa do ex-ministro nega qualquer irregularidade e afirma que ele colaborará com as investigações para esclarecer os fatos.
