
Uma investigação revelou que creches vinculadas à vereadora Gigi Castilho, do Rio de Janeiro, utilizaram R$ 1,7 milhão em dinheiro público para contratar empresas de parentes da parlamentar. Os gastos ocorreram entre 2023 e 2025, levantando suspeitas de favorecimento e desvio de recursos.
Como funcionava o esquema?
Documentos obtidos pela apuração mostram que pelo menos três empresas com ligações familiares com a vereadora foram beneficiadas com contratos para prestação de serviços nas unidades de educação infantil. Os valores pagos superam em até 300% a média de mercado para serviços similares.
Principais irregularidades apontadas:
- Contratação sem licitação
- Pagamentos acima do valor de mercado
- Falta de transparência nos processos
- Vínculos familiares não declarados
Reação da vereadora
Até o momento, Gigi Castilho não se pronunciou oficialmente sobre as acusações. Sua assessoria informou que "todos os processos foram realizados dentro da legalidade" e que a parlamentar "não tem participação nas decisões de contratação das creches".
Próximos passos
O Ministério Público já foi acionado e deve abrir investigação para apurar possíveis irregularidades. Especialistas em direito administrativo afirmam que o caso pode configurar improbidade administrativa, crime previsto na Lei Anticorrupção.
Enquanto isso, pais de alunos das creches envolvidas manifestaram preocupação com a qualidade do ensino e a possível descontinuidade dos serviços caso os recursos sejam bloqueados.