O clima estava pesado no Congresso Nacional nesta terça-feira, e não era só por causa do calor de Brasília. A CPI mista do INSS, que já vinha dando o que falar, explodiu de vez com uma cena digna de filme: a prisão em flagrante do presidente da Conafer, Alan Mocock, logo após seu depoimento.
Parece que o depoente resolveu bancar o durão e se recusou a responder perguntas dos parlamentares. Aí, meu amigo, a coisa degringolou feio. O relator da comissão, senador Eduardo Girão, não perdeu tempo e pediu a prisão ali mesmo, na cara dura.
O que levou à prisão?
O buraco era mais embaixo, como se diz. Mocock estava sendo investigado por uma suposta interferência em processos do INSS - aquela velha história de querer meter a colher onde não devia. E olha que a acusação é séria: ele teria usado sua influência para beneficiar um grupo específico de segurados.
Mas a gota d'água mesmo foi quando ele se fechou feito uma ostra durante o depoimento. Ficou naquela de "invoco o direito ao silêncio" para tudo quanto é pergunta. Os parlamentares ficaram com a pulga atrás da orelha - será que tinha coisa errada aí?
A cena da prisão
Imagina a confusão: o sujeito acabou de falar, todo mundo ainda processando as respostas evasivas, e de repente o relator solta a bomba. "Peço a prisão em flagrante por obstrução da justiça!" A sala virou um vespeiro, com parlamentares se agitando e assessores correndo de um lado para outro.
E não deu outra. A Polícia Legislativa chegou e levou Mocock embora, sob os olhares atônitos de quem acompanhava a sessão. Foi um daqueles momentos em que você pisca e perde a cena - mas desta vez ninguém piscou.
E agora, o que vai acontecer?
Bom, o presidente da Conafer vai passar a noite pensando na vida, porque foi direto para a carceragem da Polícia Legislativa. Amanhã cedo tem audiência de custódia, onde um juiz vai decidir se mantém ele preso ou libera com algumas condições.
Enquanto isso, a CPI continua sua investigação - e pelo andar da carruagem, parece que essa história ainda vai dar muito pano para manga. Os parlamentares já adiantaram que vão aprofundar as investigações sobre as supostas interferências nos processos do INSS.
O que me deixa pensando: será que isso é só a ponta do iceberg? Num governo que prometeu transparência, cada caso desses acende um alerta vermelho. O povo brasileiro, cansado de escândalos, merece respostas claras - e rápido.
