
O cenário político argentino está simplesmente pegando fogo — e não é retórica. Acontece que o principal candidato de Javier Milei em Buenos Aires, aquele que deveria ser o braço direito do presidente na capital, simplesmente evaporou da disputa eleitoral. Sumiu. Desapareceu como figurante de novela barata.
E o motivo? Bom, preparem os estômagos. As investigações apontam para possíveis — e digo possíveis porque ainda não há condenação — ligações com organizações de narcotráfico. Sim, você leu direito. O sujeito que deveria representar o projeto de Milei na cidade mais importante do país está sendo investigado por tráfico de drogas.
O Sumiço que Ninguém Esperava
O caso é digno de roteiro de série da Netflix. O candidato, cujo nome estava praticamente cravado nas urnas, simplesmente deixou de aparecer em comícios, entrevistas, eventos. Primeiro disseram que era problema de saúde. Depois, que estava resolvendo "assuntos familiares urgentes". A verdade é que ninguém — nem mesmo a própria equipe de campanha — sabia direito onde ele estava.
As coisas começaram a feder quando fontes próximas ao Ministério Público argentino vazaram que havia uma investigação correndo em sigilo. E não era sobre sonegação fiscal ou propininha de sempre. Era coisa pesada. Muito pesada.
As Pistas que Levam ao Abismo
Detalhes que vazaram — porque sempre vazam, não é mesmo? — indicam que as suspeitas não são leves. Estamos falando de:
- Encontros com figuras conhecidas do submundo do narcotráfico
- Transações financeiras que não batem com a declaração de bens
- Viagens inexplicáveis para zonas conhecidas pelo tráfico de drogas
- Comunicações interceptadas que pintam um quadro preocupante
O mais assustador? Parece que as investigações já rolavam há meses, mas alguém conseguiu manter a tampa fechada até agora. Até que não deu mais.
O Desespero no Campo Mileista
Do lado de Milei, o clima é de pânico total. Imagina só: você constrói toda uma narrativa de combate à corrupção, de limpeza na política, e do nada seu principal candidato na capital aparece envolvido nessa roubada. É tipo prometer dieta e abrir uma hamburgueria.
Os assessores do presidente estão correndo como baratas tontas tentando conter os estragos. Uns dizem que Milei foi traído, outros que ele não sabia de nada — o que, convenhamos, é difícil de engolir. Como o presidente não sabia das investigações sobre seu próprio candidato?
O silêncio do governo é ensurdecedor. Nada de pronunciamentos, nada de esclarecimentos. Só aquele barulho de cadeiras sendo rearrumadas no convés do Titanic.
O que Resta da Campanha?
Agora a pergunta que não quer calar: como seguir com eleições quando o principal nome some sob suspeitas tão graves? A oposição já está com facas nos dentes, obviamente. Chamam de "o governo do crime organizado" e coisas do tipo.
Mas o povo argentino — ah, o povo argentino — já está tão acostumado a escândalos que quase nem se surpreende mais. É como se esperassem por isso. Uma tristeza, não?
Enquanto isso, nas ruas de Buenos Aires, o nome do candidato desaparecido já virou piada. "Sumiu mais que dinheiro no câmbio paralelo", ouvem-se nas filas dos supermercados. O argentino tem esse humor negro para lidar com as desgraças.
Resta saber se Milei conseguirá segurar essa barra sozinho. Porque uma coisa é certa: seu projeto político na capital acabou de levar um tiro de canhão. E a culpa, desta vez, veio de dentro de casa.