
O general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, formalizou um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que seu interrogatório não seja transmitido ao vivo. A solicitação foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso.
De acordo com fontes próximas ao processo, a defesa de Braga Netto argumenta que a transmissão ao vivo poderia prejudicar a condução do interrogatório, além de expor o general a uma possível "comoção pública" desnecessária. O pedido ainda aguarda análise pelo ministro.
Contexto do caso
Braga Netto é investigado no âmbito do inquérito que apura supostos atos antidemocráticos ocorridos durante o governo Bolsonaro. O interrogatório faz parte das diligências determinadas pelo STF para esclarecer eventuais irregularidades.
O general já se manifestou outras vezes sobre o caso, negando qualquer envolvimento em ações que possam ser consideradas antidemocráticas. Sua defesa sustenta que ele sempre agiu dentro da legalidade e em conformidade com as atribuições de seu cargo.
Repercussão política
A solicitação para evitar a transmissão ao vivo do interrogatório já gera debates entre juristas e políticos. Alguns defendem que a medida é legítima para garantir a privacidade e o direito à defesa, enquanto outros veem nisso uma tentativa de evitar o escrutínio público.
Especialistas em direito constitucional destacam que a transmissão de interrogatórios pelo STF não é obrigatória, mas costuma ser adotada em casos de grande interesse público. A decisão final caberá ao ministro Alexandre de Moraes.
Próximos passos
Enquanto aguarda o posicionamento do STF, a defesa de Braga Netto prepara seus argumentos para o interrogatório, que deve ocorrer nas próximas semanas. O caso continua a ser acompanhado de perto pela mídia e pela opinião pública.