Flávio Bolsonaro Propõe Ataque Americano a Navios de Droga na Baía de Guanabara
Bolsonaro quer EUA atacando navios de droga no RJ

Em uma declaração que promete acirrar o debate sobre soberania nacional e combate ao narcotráfico, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sugeriu que os Estados Unidos realizem operações militares contra embarcações suspeitas de transporte de drogas na Baía de Guanabara.

Proposta polêmica em rede social

Através de sua conta no X (antigo Twitter), o parlamentar compartilhou uma notícia sobre a apreensão de mais de 3 toneladas de cocaína em alto-mar e fez a surpreendente proposta: "Sugiro aos EUA atacar e destruir esses barcos ainda na Baía de Guanabara".

A declaração imediatamente gerou reações nas redes sociais e entre especialistas em relações internacionais, que questionam a legalidade e a conveniência de uma potência estrangeira realizar operações militares em águas territoriais brasileiras.

Contexto das apreensões

A postagem do senador faz referência a uma recente operação conjunta entre a Marinha do Brasil e a Polícia Federal que resultou na apreensão de 3,2 toneladas de cocaína a cerca de 170 km do litoral do Rio de Janeiro. A droga estava sendo transportada em uma embarcação de bandeira brasileira.

Este foi apenas o mais recente capítulo no crescente problema do narcotráfico nas águas fluminenses, que tem desafiado as autoridades brasileiras.

Questões de soberania em jogo

Analistas de segurança apontam que a proposta de Flávio Bolsonaro esbarra em questões fundamentais de soberania nacional. A Constituição Federal é clara ao estabelecer que "é vedada a entrada de forças militares estrangeiras em território nacional" sem autorização do Congresso.

Além disso, especialistas destacam que o Brasil possui instituições capacitadas para lidar com o problema, como a Marinha, a Polícia Federal e a Receita Federal, que já realizam operações regulares de combate ao tráfico marítimo.

Repercussão política

A declaração do senador ocorre em um momento delicado das relações entre Brasil e Estados Unidos, e deve gerar debates no Congresso Nacional sobre os limites da cooperação internacional no combate ao crime organizado.

O posicionamento também reacende discussões sobre a eficácia das atuais políticas de segurança nas fronteiras marítimas brasileiras e a necessidade de maior investimento em equipamentos e tecnologia para monitoramento do litoral.

Esta polêmica proposta coloca em evidência o eterno dilema entre cooperação internacional e preservação da soberania nacional no combate ao narcotráfico.