O ex-presidente Jair Bolsonaro compareceu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para prestar depoimento sobre as investigações que apuram uma suposta tentativa de golpe de Estado durante seu governo. O depoimento, que durou cerca de três horas, foi conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes.
Segundo fontes próximas ao processo, Bolsonaro respondeu a perguntas sobre reuniões realizadas no Palácio do Planalto e supostas articulações para desestabilizar as instituições democráticas. O ex-presidente negou qualquer envolvimento em ações ilegais e afirmou que sempre agiu dentro da lei.
O que diz a investigação?
A investigação, batizada de Operação Tempus Veritatis, apura supostos atos preparatórios para um golpe de Estado, incluindo a possibilidade de um decreto para intervenção nas eleições de 2022. Entre os pontos investigados estão:
- Reuniões com ministros e aliados para discutir medidas excepcionais
- Possível articulação com militares para garantir apoio
- Divulgação de informações falsas sobre o sistema eleitoral
Próximos passos
Com o depoimento de Bolsonaro concluído, o STF deve agora analisar as provas coletadas e decidir sobre o eventual indiciamento do ex-presidente e de outros investigados. Especialistas apontam que o processo pode se estender por meses, com possibilidade de novas delações e desdobramentos políticos.
O caso tem gerado intenso debate no cenário político brasileiro, dividindo opiniões entre apoiadores e críticos do ex-presidente. Enquanto alguns defendem que se trata de uma perseguição política, outros argumentam que é fundamental apurar eventuais ameaças à democracia.
