
Numa daquelas cenas que parecem saídas de um filme policial, um jovem de 17 anos achou que sairia impune após furtar um celular no movimentado Centro de Belo Horizonte. Mal sabia ele que um olho atento — e rápido — estava de prontidão.
Por volta das 14h desta quinta-feira (8), o adolescente, cujo nome não foi divulgado por ser menor de idade, agiu com aquele descaramento típico de quem acredita na impunidade. A vítima, distraída enquanto mexia no aparelho, nem percebeu quando o aparelho sumiu — mas o vigilante patrimonial, treinado para essas situações, viu tudo.
Ação rápida e decisiva
"Na hora eu pensei: 'tá achando que aqui é bagunça?'", contou o profissional de segurança, que preferiu não se identificar. Em menos tempo do que se leva para postar um story, ele já estava no encalço do suspeito.
O que se seguiu foi uma perseguição curta, mas intensa:
- O jovem correu em direção à Praça Sete, tentando se misturar à multidão
- O vigilante, conhecedor dos becos da região, cortou seu caminho
- Sem saída, o adolescente jogou o aparelho no chão — estratégia clássica de quem quer evitar flagrante
Mas a jogada não colou. O celular foi recuperado intacto e o suspeito, levado para a 4ª Delegacia Distrital, onde o caso foi registrado como furto.
O outro lado da moeda
Moradores da região, acostumados com esse tipo de ocorrência, reagiram com um misto de alívio e indignação. "Todo dia é a mesma coisa aqui", comentou uma vendedora ambulante que testemunhou a ação. "A gente trabalha duro pra comprar as coisas, e vem esses moleques querendo levar o que é nosso em segundos."
Já o delegado plantonista fez questão de destacar a importância da atuação do vigilante: "Quando a sociedade civil e os profissionais de segurança atuam em sintonia, os resultados aparecem. Esse tipo de cooperação é fundamental para inibir a criminalidade".
Enquanto isso, o adolescente foi liberado após prestar depoimento — mas o caso segue sob investigação. Resta saber se essa experiência servirá como lição ou se será apenas mais um capítulo na estatística da reincidência.