Era pra ser só mais um dia qualquer nas ruas poeirentas de Buriti, no Maranhão. Mas o que começou como uma simples discussão no trânsito — daquelas que todo motorista já teve — acabou em cena de filme de terror. O secretário municipal de Infraestrutura, José Ribamar Almeida, 52 anos, não voltaria pra casa.
Testemunhas contam que tudo aconteceu num piscar de olhos. O guarda municipal Francisco das Chagas, 38, teria perdido a cabeça depois de uma fechada no trânsito. "Foi tudo muito rápido", diz uma vendedora ambulante que preferiu não se identificar. "Um gritou, o outro revidou, e de repente... bang!"
O tiro que ecoou na cidade pequena
Numa cidade de menos de 30 mil habitantes, onde todo mundo se conhece, o crime chocou como um raio em céu azul. O secretário, figura conhecida na administração local, levou um tiro no peito a queima-roupa. Tentaram socorrê-lo, mas já era tarde demais.
O guarda, que deveria proteger a população, agora está atrás das grades. A PM confirmou que ele se entregou horas depois, ainda com a arma do crime. "Está todo mundo perplexo aqui", comenta um vereador local. "Como algo tão banal termina assim?"
Repercussão e investigação
O caso já virou assunto na Assembleia Legislativa do MA. O governador em exercício prometeu apuração rigorosa. Enquanto isso, nas redes sociais, o debate esquenta:
- De um lado, quem defende que foi legítima defesa
- De outro, quem clama por justiça — afinal, era um agente público armado contra um civil
- E no meio, a família do secretário, tentando entender como uma discussão de trânsito roubou um pai, marido e servidor dedicado
O delegado responsável pelo caso adiantou que vai analisar as câmeras de segurança da região. Mas aqui entre nós: nenhuma imagem vai trazer de volta uma vida perdida por nada, né?
Enquanto a Justiça não decide o futuro do guarda municipal, Buriti tenta digerir o trauma. E fica o alerta: num país onde todo mundo anda com os nervos à flor da pele, até uma buzinada pode virar caso de polícia. Literalmente.
