Raio-X de Crânio: Polícia Usa Técnica Inédita para Identificar Turista Russo na Floresta da Tijuca
Raio-X vai identificar turista russo na Tijuca

O que começou como um simples passeio turístico pode ter terminado em tragédia — e agora a polícia recorre a métodos quase cinematográficos para desvendar o mistério. A coisa toda lembra aqueles filmes de suspense, sabe? Só que é a vida real, acontecendo bem aqui no Rio.

O desaparecimento do russo Aleksandr Iurchenko, de 32 anos, ganhou um capítulo digno de série de investigação criminal. A polícia vai usar uma técnica que parece saída de CSI: comparar raios-x do crânio do turista com imagens do esqueleto encontrado na Floresta da Tijuca. Parece coisa de filme, mas é pura realidade forense.

O Sumiço que Virou Quebra-Cabeça

Tudo começou em agosto, quando Iurchenko simplesmente evaporou do mapa. O homem havia chegado ao Brasil no dia 12 daquele mês, hospedado num hotel da Zona Sul carioca. Dois dias depois, era como se a terra o tivesse engolido. Nada mais. Silêncio total.

Até que, em setembro, acharam um esqueleto na densa mata da Tijuca. A situação já era sombria por si só, mas ficou ainda mais complexa quando os peritos perceberam que o corpo estava num estado de decomposição avançadíssimo. Dá pra acreditar? As tradicionais técnicas de identificação simplesmente não funcionariam. Foi quando alguém lembrou: "E os exames médicos que ele fez na Rússia?"

Tecnologia a Serviço da Verdade

Agora vem a parte que mistura genialidade com um toque de macabro. A família do turista forneceu à Interpol exames de raio-x da cabeça que ele tinha feito antes da viagem. Essas imagens — que mostram detalhes únicos da estrutura óssea, sinuosidades que funcionam como uma impressão digital interna — serão comparadas com o crânio encontrado.

É como procurar uma agulha num palheiro, só que a agulha é um padrão ósseo específico e o palheiro é a esperança de uma família por respostas. Os peritos criminais estão otimistas, mas cautelosos. Afinal, na ciência forense, nada é 100% até provado.

Enquanto isso, outros exames seguem paralelamente. Testes de DNA, análise dentária — todo o arsenal da medicina legal está sendo mobilizado. A delegada Mariana Figueiredo, que comanda as investigações, disse que estão "deixando nenhuma pedra sem ser virada". E olha, com esse caso, realmente precisam virar até as pedras da floresta.

Um Turista, Muitas Perguntas

O que levaria um turista a desaparecer assim, sem deixar rastros? As investigações apontam que Iurchenko pode ter ido fazer trilha sozinho. A Floresta da Tijuca, apesar de sua beleza deslumbrante, esconde perigos para quem não conhece bem seus caminhos. São mais de 3.900 hectares de mata fechada — um labirinto verde que já prega peças em muitos aventureiros despreparados.

Mas há questões que continuam no ar: por que ele iria sozinho? Estaria seguindo algum roteiro não convencional? Ou será que houve algo mais? A polícia não descarta nenhuma hipótese, embora a principal linha seja a de acidente durante a trilha.

O caso me faz pensar naquela sensação estranha — como turistas às vezes subestimam a natureza tropical, achando que é só mais um parque. A floresta aqui tem sua própria personalidade, seus caprichos. E ela não perdoa descuidos.

Agora é esperar. A ciência trabalha a seu ritmo, meticuloso, enquanto uma família na Rússia aguarda notícias que, por mais tristes que sejam, pelo menos trarão o alívio de saber o que aconteceu. Às vezes, a certeza da tragédia é melhor que a tortura da incerteza.