
Era pra ser um dia comum de descanso. Mas o que começou como uma folga rotineira terminou em tragédia no final da tarde deste domingo (21). Um policial militar de 38 anos — cujo nome ainda não foi divulgado oficialmente — foi executado a tiros dentro de um bar movimentado no Centro de Maricá, na Região dos Lagos.
Segundo testemunhas, tudo aconteceu rápido demais. "Foi coisa de cinema, mas de um filme de terror", desabafa um garçom que pediu para não ser identificado. Por volta das 18h30, dois homens encapuzados entraram no estabelecimento como se fossem clientes normais. Não disseram uma palavra. Atiraram pelo menos oito vezes contra o PM, que estava desarmado e sentado num dos balcões.
Caos e fuga
O bar, que normalmente teria música alta e conversas animadas num domingo de verão, virou um pandemônio. Vidros quebrados, cadeiras tombadas, gente correndo pra todos os lados. Os criminosos — que aparentavam conhecer a vítima — fugiram a pé, desaparecendo entre as ruas estreitas do centro histórico.
Colegas da corporação chegaram em minutos, mas já era tarde. O socorro foi inútil. "Ele tinha 15 anos de serviço impecável", lamenta um sargento que não quis se identificar. "Era daqueles profissionais que a gente chama de 'pé no chão'."
Motivação?
As investigações ainda estão no começo, mas os investigadores trabalham com três hipóteses principais:
- Vingança por alguma operação policial recente
- Dívida não relacionada ao serviço
- Caso de identidade equivocada (embora pouco provável)
O delegado responsável pelo caso evitou especulações, mas adiantou que a câmera de segurança do estabelecimento estava — pasmem — desligada há semanas. "Coincidência? Difícil acreditar", resmunga um dos investigadores.
Enquanto isso, na porta do bar, velas e flores começam a se acumular. Vizinhos comentam em voz baixa sobre a ironia cruel: um homem que passava o dia protegendo outros, morto justamente quando estava desprotegido.