Nem tudo que reluz é ouro — e essa máxima ficou mais do que comprovada durante uma operação da Polícia Civil que sacudiu um edifício de alto padrão na Zona Leste de São Paulo. A fachada imponente escondia um negócio que, convenhamos, estava longe de ser legal.
Três indivíduos, cujas identidades ainda não foram totalmente reveladas, tiveram seu domingo completamente virado de cabeça para baixo quando agentes da lei bateram à porta do apartamento onde montaram o que parecia ser um verdadeiro centro de distribuição de substâncias proibidas.
O que a polícia encontrou?
A lista é tão extensa que chega a impressionar. Os policiais se depararam com:
- Centenas de ampolas e comprimidos de esteroides anabolizantes — aqueles mesmos que prometem transformações corporais milagrosas, mas que cobram um preço altíssimo na saúde
- Seringas e agulhas que, em vez de salvar vidas, estavam sendo usadas para aplicações perigosas
- Um impressionante carro de luxo, avaliado em nada menos que R$ 350 mil
- Documentos que estão sendo analisados minuciosamente pelos investigadores
- Dinheiro em espécie, que pode ser a ponta do iceberg de um esquema financeiro bem estruturado
Parece cena de filme, mas era a realidade de um apartamento comum — ou pelo menos aparentemente comum — na movimentada capital paulista.
Como a operação aconteceu?
Segundo fontes próximas ao caso, a investigação não começou ontem. Há semanas que os policiais vinham colhendo informações e montando o quebra-cabeça que levou até o endereço nobre. A operação foi deflagrada no domingo, 28 de setembro, pegando os suspeitos completamente desprevenidos.
Imagino a cena: um domingo tranquilo, talvez com cheiro de café fresco, interrompido pela batida decisiva na porta. A surpresa nos rostos dos envolvidos deve ter sido cinematográfica.
Os três — dois homens e uma mulher — não tiveram muito tempo para reagir. Presos em flagrante, foram levados para a delegacia mais próxima, onde começaram a prestar depoimentos. O carro de luxo, evidentemente, também foi apreendido e deve seguir para o pátio da polícia.
O que diz a lei?
Muita gente pode não saber, mas anabolizantes sem prescrição médica são considerados drogas no Brasil. A comercialização dessas substâncias configura tráfico — e as penas para esse crime não são nada leves. Podem chegar a 15 anos de prisão, dependendo das circunstâncias.
O que me faz pensar: será que valia a pena o risco? Um apartamento bonito, um carro caríssimo, tudo isso colocado em jogo por um negócio ilegal que, cedo ou tarde, teria esse desfecho.
Os investigados agora respondem por tráfico de drogas e poderão ter outros crimes adicionados ao processo conforme as investigações avançam. A Polícia Civil não descarta que o grupo atuava em uma rede maior, possivelmente fornecendo para academias da região ou até para outros estados.
Enquanto isso, o apartamento que serviu de palco para essa história permanece vazio — pelo menos temporariamente. As cortinas fechadas escondem o vazio deixado pela operação, mas não apagam as evidências do que acontecia entre aquelas paredes.
Resta esperar os próximos capítulos dessa trama, que promete revelar muito mais do que alguns frascos de substâncias proibidas.
