
Era uma manhã de quinta-feira aparentemente comum no bairro Residencial União, zona leste de São José dos Campos, quando a rotina de um suposto ferro-velho foi interrompida de forma brusca. A Polícia Militar chegou com mandados de busca e apreensão e encontrou bem mais do que peças usadas espalhadas pelo terreno.
Dois homens, com idades de 38 e 42 anos, foram surpreendidos com as mãos literalmente na massa – ou melhor, nas ferramentas de desmonte. A cena era digna de filme: veículos com suas identidades completamente apagadas, sem placas, sem documentação, totalmente desfigurados para não deixar rastros.
O que a polícia encontrou no local
A lista do que foi apreendido é tão impressionante quanto o descaramento da operação clandestina:
- Três veículos que mais pareciam fantasmas – completamente irregulares
- Um caminhão que provavelmente carregava mais histórias do que carga
- Duas motos que perderam suas identidades originais
- Um arsenal de ferramentas industriais usadas para o desmonte
- Três celulares que podem conter pistas importantes
- Documentos – esses, sim, bem reais – dos suspeitos
Não era uma oficina mecânica qualquer, mas sim uma verdadeira linha de produção do crime organizado. As investigações, conduzidas com pulso firme pelo 2º Batalhão da PM, partiram de denúncias anônimas que apontavam o local como ponto de desmanche ilegal.
O modus operandi dos suspeitos
Os investigadores acreditam que a dupla atuava recebendo veículos roubados ou furtados e os transformava em peças soltas num piscar de olhos. Uma máquina de sumiço sobre rodas, onde carros inteiros se tornavam componentes anônimos em questão de horas.
Os presos, cujos nomes ainda não foram divulgados, agora enfrentam acusações graves perante a Justiça. Eles responderão por associação criminosa e receptação qualificada – crimes que podem levar a penas severas.
E pensar que tudo acontecia à luz do dia, num bairro residencial, como se fosse uma atividade comercial comum. A audácia dos criminosos, segundo os policiais, era tamanha que nem se davam ao trabalho de esconder a operação.
A população do Residencial União, que convivia com o movimento suspeito, finalmente tem um alívio. Resta saber quantos veículos passaram por aquelas mãos antes da intervenção policial. Uma pergunta que, talvez, só as investigações posteriores poderão responder.