
Era um dia comum em Cascavel até que a rotina do comércio ilegal foi interrompida por uma operação que deixou muita gente com os nervos à flor da pele. Nem mesmo os mais desconfiados imaginariam o volume encontrado: R$ 22 mil em cigarros eletrônicos, todos prontinhos para cair nas mãos de adolescentes. Sim, você leu certo.
Os agentes, que agiam com a precisão de quem já estava de olho nesse esquema há tempos, descobriram que os produtos — proibidos pela Anvisa desde 2009 — eram vendidos como se fossem balinhas. E olha que não era coisa de amador: embalagens chamativas, sabores que parecem ter saído de um cardápio de sorveteria (morango com chocolate, menta gelada...) e até promoções para fidelizar a clientela.
O que mais a polícia encontrou?
- Dispositivos descartáveis e recarregáveis, muitos ainda lacrados
- Anúncios em redes sociais direcionados a jovens
- Um esquema de entregas rápidas, quase um "iFood dos vapes"
Pra piorar, os investigados não tinham nenhum pudor em mirar nos mais novos — alguns consumidores nem tinham completado 15 anos. "É assustador como normalizaram isso", comentou um dos delegados, que preferiu não se identificar. E não é pra menos: além dos riscos à saúde (que já renderam alertas no mundo todo), tem toda a questão da porteira aberta para outras drogas.
O caso agora está nas mãos da Justiça, mas já deixou uma pulga atrás da orelha: quantos outros pontos como esse ainda operam nas sombras? Enquanto isso, pais e escolas seguem em alerta máximo — afinal, quando o assunto é adolescente e vício, melhor prevenir do que remediar. Ou como diria minha avó: "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura".