
Era pra ser mais uma blitz de rotina, daquelas que todo caminhoneiro já está acostumado a ver pelas estradas do país. Só que dessa vez, no norte do Paraná, a história tomou um rumo completamente diferente – e digamos que um tanto quanto surpreendente.
Imagina só a cena: os policiais abordam um caminhão Mercedes-Benz/Accelo, placas de Curitiba, tudo dentro da mais absoluta normalidade. Mas algo – talvez a intuição afiada de quem está na estrada há anos – não cheirava bem. E não é que a desconfiança estava mais do que certa?
Durante a revista, eles se deparam com nada menos que R$ 4.076.590,00 em espécie. Sim, você leu certo: mais de quatro milhões de reais. O dinheiro não estava exatamente à vista, claro. Foi preciso uma busca minuciosa para encontrá-lo escondido em meio à carga.
O que se sabe até agora?
O motorista, um homem de 42 anos, foi detido na hora. Na delegacia, ele alegou que apenas transportava a carga, sem saber do conteúdo. Uma versão que, convenhamos, soa no mínimo esquisita quando falamos de uma fortuna dessas. A PF já acionou o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para tentar rastrear a origem de tanto dinheiro.
O que mais choca, além do valor absurdo, é a forma como tudo foi encontrado. Não era uma mala, não era um saco. A quantia estava distribuída em diferentes pacotes estrategicamente posicionados no veículo. Uma operação que, claramente, foi planejada.
E agora, José?
O motorista vai responder por ocultação de patrimônio – um crime previsto na Lei de Lavagem de Dinheiro. A pena? Pode chegar a até 10 anos de prisão. Enquanto isso, os investigadores tentam desvendar o quebra-cabeça: de quem era o dinheiro? Para onde estava indo? E, a pergunta que não quer calar: o que quatro milhões em notas faziam escondidos num caminhão?
O caso, que já é o maior do tipo no estado este ano, segue sob sigilo. A PRF e a Polícia Federal não divulgaram muitos detalhes, mas é certo que os holofotes estão voltados para essa operação. Algo me diz que essa história ainda vai dar muito pano pra manga.