Era uma noite como qualquer outra na pizzaria — até que o telefone tocou com um pedido que faria qualquer dono de estabelecimento ficar de cabelo em pé. Na terça-feira (15), em Londrina, no norte do Paraná, os funcionários de uma pizzaria local sentiram o cheiro de coisa errada no ar (e não era só o aroma das massas assando).
O que deveria ser uma entrega rotineira transformou-se num episódio digno de roteiro de filme policial. "A gente percebeu várias red flags", contou um dos atendentes, que preferiu não se identificar. "O cliente insistia em pagar só no cartão, mas dava informações contraditórias."
O golpe que quase saiu do forno
Detalhes que passariam batido para muitos:
- Endereço com número inexistente
- Nome no cartão não batia com o do cadastro
- Cliente "sumia" quando pedia confirmação por áudio
"Parecia aqueles esquemas de filmes ruins de golpista", brincou o gerente, sem graça. A equipe decidiu então jogar xadrez: aceitou o pedido, mas chamou a polícia militar para acompanhar o motoboy na entrega.
A abordagem que ninguém esperava
Dois PMs chegaram disfarçados — um como "ajudante" do entregador, outro observando de longe. No local combinado, encontraram um indivíduo nervoso, que ao ver a viatura se aproximando (que chegou depois como reforço), saiu correndo feito barata tonta.
"Ele pulou muros, sumiu entre as casas... Parecia cena de perseguição", relatou um dos policiais, ainda surpreso com a agilidade do suspeito. A pizza? Ficou para trás, intacta — quem sabe serviu de jantar para os próprios policiais depois da ação.
O caso agora está nas mãos da Delegacia de Crimes Virtuais. E a pizzaria? Criou um novo protocolo: pedidos suspeitos serão confirmados com chamada de vídeo. "Melhor prevenir do que pagar o pato", filosofou o dono do estabelecimento.
