
Era para ser mais uma noite comum no bairro Jardim Cruzeiro, mas o barulho de disparos cortou o silêncio por volta das 22h30. Quando a poeira baixou — literalmente —, um corpo jazia no asfalto ainda quente do verão baiano.
Segundo testemunhas (que preferiram não se identificar, e quem pode culpá-las?), dois homens em uma motocicleta sem placa chegaram como furacão. Não houve diálogo, nem discussão. Apenas o estampido seco de armas de fogo e depois... silêncio.
Quem era a vítima?
O falecido — vamos chamá-lo de "José" porque a polícia ainda não liberou o nome oficial — tinha histórico. E dos pesados. Investigado por supostamente comandar uma célula miliciana na região, acumulava passagens por extorsão, homicídio e até tráfico de influência. "Ele era o tipo de sujeito que você via na rua e automaticamente cruzava para o outro lado", comentou um vizinho, entre um gole de café e olhares desconfiados.
Detalhe macabro: o corpo foi encontrado com 13 perfurações. Treze! Alguém quis enviar uma mensagem clara — na linguagem violenta que esses grupos entendem tão bem.
O que se sabe até agora?
- Local: Rua das Acácias, área conhecida por conflitos entre facções
- Arma: Provavelmente pistola 9mm (mas a perícia ainda trabalha)
- Motivação: Acerto de contas? Disputa territorial? A polícia especula...
Curiosamente (ou não), o crime ocorreu a menos de 1km da 66ª Companhia Independente da Polícia Militar. Ironicamente perto, não? Parece piada de mau gosto, mas é a realidade que assombra Feira de Santana.
Enquanto isso, no grupo de WhatsApp do bairro, os memes já circulam. Entre fotos de "Deus me livre" e áudios cheios de "eu sabia que isso ia acontecer", a vida segue. Como sempre segue nesse Brasil onde a violência virou rotina.