
Não é de hoje que os moradores de Copacabana, no Rio, sofrem com golpes aplicados por quadrilhas especializadas. Mas parece que o jogo virou. Nesta sexta-feira (25), a Polícia Civil deu um xeque-mate num esquema que já tirou o sono — e o dinheiro — de muita gente.
O alvo? Um homem de 37 anos, considerado pelos investigadores como o "arquiteto" por trás de uma série de fraudes financeiras no bairro. Segundo as autoridades, ele não agia sozinho — tinha uma rede organizada, quase como uma "franquia do crime", mas era ele quem ditava as regras.
Modus operandi que enganava até os mais espertos
Era coisa de cinema. Os golpes variavam desde falsos investimentos até aquela velha história do "empréstimo fácil". Só que com um toque moderno: WhatsApp, perfis falsos em redes sociais e até ligações convincentes. A vítima marcava encontro, assinava papéis que pareciam legítimos e... adeus, economias!
"Ele tinha um discurso tão bem ensaiado que convencia até quem já tinha caído em golpe antes", contou um delegado que pediu para não ser identificado. "Quando a vítima percebia, já era tarde."
Operação foi resultado de meses de investigação
Nada disso foi obra do acaso. Durante quase seis meses, os policiais colheram depoimentos, rastrearam transações bancárias suspeitas e até fizeram trabalho disfarçado. O que encontraram? Um rastro de pelo menos R$ 500 mil desviados — e isso é só o que conseguiram comprovar até agora.
- Mais de 20 vítimas identificadas
- Contas bancárias em nome de laranjas
- Documentação falsa de alta qualidade
O suspeito, que já tem passagem pela polícia por estelionato, foi encontrado num apartamento de classe média na Zona Sul. Nem tentou fugir — talvez achasse que seu "sistema" à prova de falhas nunca seria desmontado.
E agora, José?
Com a prisão em flagrante, o "gênio" dos golpes vai responder por formação de quadrilha e estelionato qualificado. Se condenado, pode pegar até 10 anos de cadeia. Mas os investigadores acreditam que essa seja apenas a ponta do iceberg.
"Temos indícios de que a rede atuava em outros bairros e até em outras cidades", adiantou o delegado responsável. Enquanto isso, em Copacabana, os moradores torcem para que essa prisão traga algum alívio — e um recado claro para outros golpistas de plantão.
Ah, e detalhe: o sujeito ainda tentou argumentar que era "apenas um consultor financeiro". Típico, não?