
Numa ação que misturou planejamento estratégico e um tanto de sorte — porque, convenhamos, nem tudo sai como nos filmes —, a Polícia Civil e a PM derrubaram um esquema de tráfico que operava feito delivery de comida, só que bem mais sinistro. Entre Itaipava e Corrêas, em Petrópolis, os criminosos atendiam pedidos por telefone como se fossem uma pizzaria, mas o cardápio era de drogas.
Segundo fontes próximas ao caso, a operação foi batizada de algo como 'Silêncio no Disque' — um trocadilho meio óbvio, mas eficaz. Dois suspeitos já estão atrás das grades, e a polícia garante que mais nomes estão no radar. "Não é o fim, mas é um belo começo", comentou um delegado, que preferiu não se identificar.
O que foi apreendido?
- Diversas porções de cocaína, embaladas para consumo rápido (e discreto).
- Pacotes de maconha pré-divididos — afinal, organização é tudo nesse 'ramo'.
- Celulares usados para os tais 'pedidos', com histórico de chamadas que dariam um roteiro de filme policial.
- Dinheiro em espécie, porque máquina de cartão, claro, não rola.
Curiosamente, um dos detidos tentou argumentar que era "apenas um entregador". Pois é. A justiça, claro, não comprou a versão — até porque os 'entregadores' comuns não costumam carregar pacotes suspeitos em mochilas com compartimentos secretos.
Moradores da região, aliás, já suspeitavam do movimento. "Sempre via gente chegando e saindo rápido daquela casa. Parecia fila de banco em dia de pagamento", contou uma vizinha, que pediu para não ser identificada. Medo? Óbvio. Ninguém quer virar alvo.
E agora?
A investigação continua, e a polícia adianta que novas operações podem surgir. Enquanto isso, a mensagem é clara: Petrópolis não está à venda — pelo menos não para esse tipo de 'negócio'.