Parece roteiro de filme, mas é a pura realidade: um grupo investigado por lavagem de dinheiro através de joalherias de fachada não queria apenas enriquecer ilicitamente. Queria poder. E muito.
Segundo as investigações que vazaram, o plano era tão audacioso quanto perigoso: eleger o traficante Wellington da Silva Braga, o famoso Índio – uma das lideranças criminosas mais temidas de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense – para um cargo político. Sim, você leu direito.
O Jogo de Poder que Chocou o RJ
Mas não parava por aí. A ambição do grupo, que já tem até delegado da Polícia Civil entre os alvos das buscas, ia além. O objetivo secundário, e talvez mais assustador, era nomear policiais militares para cargos de assessoria dentro da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj). Imagina só o conflito de interesses?
Os áudios obtidos pela polícia são a peça central dessa trama. Eles simplesmente escancaram as conversas entre os investigados, detalhando sem qualquer pudor os passos para concretizar essa interferência brutal na política e na segurança pública.
As Peças se Encaminham na Operação
Nesta segunda-feira (8), a força-tarefa deflagrou a Operacao TH Joias, com mandados de busca e apreensão sendo cumpridos a todo vapor. A investigação, que corre em sigilo, começou a desvendar o emaranhado de empresas de fachada usadas para legitimar capital de origem duvidosa.
O que ninguém esperava era que, no meio dos papéis e transações financeiras, surgisse um plano tão sinistro para infiltrar o crime organizado no coração do poder estadual. É de gelar a espinha de qualquer um.
O caso agora está nas mãos da Justiça, e os áudios devem ser peças-chave para entender a profundidade dessa rede. O Rio de Janeiro, mais uma vez, se vê no centro de um escândalo que mistura crime, política e poder – uma combinação explosiva que todo carioca conhece bem, mas que nunca deixa de chocar.
