Numa ação que pegou muita gente de surpresa, a Polícia Federal botou o pé na porta de vários endereços nesta quarta-feira. O alvo? Funcionários e ex-funcionários da Caixa Econômica Federal, acusados de meter a mão em dinheiro público de forma nada elegante.
Segundo fontes próximas ao caso, o esquema envolvia fraudes em licitações — aquela velha história de «farinha pouca, meu pirão primeiro». Estima-se que os prejuízos possam chegar a milhões de reais, dinheiro que deveria estar financiando projetos sociais, mas que acabou em bolsos privados.
Como funcionava o esquema?
Parece roteiro de filme, mas era a realidade:
- Superfaturamento de serviços — pagar R$100 por um lápis de R$2, sabe como é?
- Empresas laranja participando de licitações, com documentos mais falsos que nota de 3 reais
- Funcionários públicos fazendo vista grossa em troca de um «agrado»
«A gente vem acompanhando esses movimentos há meses», confessou um delegado que preferiu não se identificar. «Era só seguir o rastro de dinheiro que levava direto aos suspeitos.»
Quem tá na mira?
Até o momento, a PF não divulgou nomes — o que é normal nessa fase. Mas sabe-se que entre os investigados tem desde servidores de carreira até gente que já tinha saido da estatal. Alguns, pasmem, continuavam influenciando processos mesmo depois de deixarem o cargo.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em pelo menos três estados. Computadores, documentos e até alguns malotes com dinheiro vivo foram apreendidos. Coisa séria.
E olha que isso pode ser só a ponta do iceberg. Com a quebra de sigilos bancários e fiscais aprovada pela Justiça, a tendência é que mais peixes grandes apareçam na rede.
Enquanto isso, na Caixa, o clima é de «casa caiu». A instituição soltou nota dizendo que colabora com as investigações e que não compactua com irregularidades. Mas convenhamos — depois de uma operação dessas, vai ter muita gente dormindo com um olho aberto.
