
Uma operação policial de grande impacto desmantelou um esquema de comunicação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em Fortaleza. Seis suspeitos foram capturados pela Polícia Civil do Ceará por participarem de queimas de fogos de artifício ordenadas pela organização criminosa.
Fogos como código criminoso
De acordo com as investigações, a facção utilizava os fogos de artifício como um sofisticado sistema de sinalização. Os estouros serviam para marcar território, comunicar movimentos de policiais e até mesmo ordenar ataques contra forças de segurança e instituições públicas.
"Os fogos funcionavam como um verdadeiro código morse do crime", explicou um delegado envolvido na operação. "Cada tipo de explosão, horário e localidade tinha um significado específico dentro da estrutura da facção."
Operação estratégica
A prisão dos seis envolvidos ocorreu durante a Operação Brado Negro, deflagrada na última quinta-feira (16). Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diferentes regiões da capital cearense, com foco especial em áreas onde a facção mantém forte influência.
Entre os presos estão indivíduos que atuavam diretamente na execução das queimas de fogos e outros responsáveis pela distribuição e armazenamento do material pirotécnico. A polícia apreendeu diversos artefatos que seriam utilizados nos sinais criminosos.
Impacto na segurança pública
Especialistas em segurança apontam que a desarticulação deste método de comunicação representa um duro golpe na operação da facção em Fortaleza. "Sem esse sistema de alerta, a organização perde agilidade na coordenação de suas atividades ilícitas", analisou um perfil criminal.
A população local tem relatado alívio com a ação policial, já que as constantes queimas de fogos causavam pânico e sensação de insegurança nas comunidades afetadas.