Homem de 42 anos preso por tentativa de feminicídio em Itanhaém
Preso por tentativa de feminicídio em Itanhaém

Um homem de 42 anos foi preso no último domingo (30) em Itanhaém, no litoral de São Paulo, acusado de tentativa de feminicídio contra a própria esposa, de 45 anos. O crime ocorreu quando o agressor jogou álcool combustível sobre a vítima, que estava cozinhando, provocando graves queimaduras.

Detalhes do crime e versões conflitantes

Segundo o relato da mulher à Polícia Militar, o companheiro a acordou pedindo que preparasse comida. Durante uma discussão, ele teria jogado o produto inflamável sobre ela. Pela proximidade com o fogo do fogão, as chamas atingiram ambos. A vítima sofreu queimaduras no peito, braços e rosto e precisou ser internada.

O suspeito, que também se queimou, apresentou uma versão diferente aos policiais. Ele alegou que a esposa utilizava álcool combustível para cozinhar quando o fogo subiu, atingindo os dois acidentalmente. Disse ainda que suas queimaduras foram resultado da tentativa de apagar as chamas com as próprias mãos. A polícia não deu crédito à sua narrativa.

Atendimento na UPA e prisão em flagrante

O casal procurou atendimento inicial na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itanhaém. Foi no local que a Polícia Militar foi acionada e prendeu o homem. Ele foi conduzido à Delegacia Seccional da cidade, onde o caso foi registrado como tentativa de feminicídio.

Durante as investigações, foi descoberto um histórico de violência do acusado. Em 2023, ele já havia respondido a um inquérito por violência doméstica contra uma ex-companheira, fato que reforçou a acusação no caso atual.

Consequências e contexto da violência

A vítima segue internada, recebendo tratamento para as queimaduras. O agressor, após ser autuado, foi preso em flagrante. O caso chama a atenção para a gravidade da violência doméstica e para o crime de feminicídio, que é a morte de uma mulher em decorrência de sua condição de gênero, sendo a tentativa também punida com rigor pela lei.

O episódio em Itanhaém reforça a importância da denúncia e da atuação rápida das autoridades, que, neste caso, agiram a partir do chamado feito pelo serviço de saúde. A investigação continua sob a responsabilidade da delegacia local.