PCC Nega Envolvimento em Caso de Bebidas Adulteradas com Metanol em SP
PCC não está por trás de bebidas com metanol em SP

Eis que surge uma reviravolta surpreendente no caso que deixou todo mundo de cabelo em pé: aquela história sinistra das bebidas adulteradas com metanol que circularam por São Paulo. A polícia, depois de vasculhar cada pista com lupa, chegou a uma conclusão que vai contra o que muita gente imaginava.

O delegado Fernando de Oliveira, que tá à frente das investigações, foi categórico. "Não encontramos nenhum indício, absolutamente nenhum, que ligue o Primeiro Comando da Capital a esse esquema", afirmou ele, com aquela convicção de quem revirou cada pedra do caso.

O que realmente aconteceu?

A verdade é bem diferente do que se especulava por aí. Segundo as apurações — e isso é importante —, o negócio foi obra de meia dúzia de indivíduos agindo por conta própria. Gente que viu uma oportunidade de ganhar dinheiro rápido, sem pensar nas consequências terríveis que poderiam causar.

Pensa só: pelo menos quatro pessoas morreram depois de consumir essas bebidas contaminadas. Outras dezenas passaram mal e precisaram ser hospitalizadas às pressas. Uma situação dessas mexe com qualquer um, não é?

Como a investigação desenrolou

Os peritos trabalharam feito formiguinhas, analisando amostras, rastreando a origem dos produtos e conversando com testemunhas. E sabe o que descobriram? Que o metanol — aquele álcool perigoso que não deveria estar ali — foi adicionado de forma caseira, amadora até.

"A gente percebe claramente que não se trata de uma operação sofisticada", comentou um investigador que preferiu não se identificar. "São erros grosseiros, misturas mal feitas, tudo muito na base do 'faz e espera dar certo'."

E olha que interessante: as apreensões aconteceram em pontos diferentes da cidade, mas sempre em estabelecimentos pequenos, do tipo que vende bebidas sem muita fiscalização. Nada daquela estrutura que costumamos associar ao crime organizado.

E o PCC nessa história toda?

Aqui é onde a coisa fica ainda mais curiosa. O delegado Oliveira fez questão de explicar que, quando o assunto é adulteração de produtos, o PCC tem métodos totalmente diferentes. Eles costumam controlar o comércio ilegal de cigarros, por exemplo, mas seguindo uma lógica empresarial — se é que podemos chamar assim.

"A facção mantém padrões de qualidade, por incrível que pareça", revelou o delegado, com um tom de quem já viu de tudo nessa vida. "Eles não arriscariam a reputação — ou o que quer que seja — com produtos que podem matar clientes e chamar atenção das autoridades."

Faz sentido, quando você para pra pensar. Do ponto de vista deles, seria um tiro no pé, uma burrice estratégica sem tamanho.

E agora, o que esperar?

As investigações continuam a pleno vapor, é claro. A polícia já identificou alguns suspeitos e trabalha para localizá-los. O que me preocupa — e deve preocupar todo mundo — é que esses produtos ainda podem estar por aí, circulando por aí feito uma roleta-russa alcoólica.

Enquanto isso, a recomendação é ficar de olho aberto. Desconfie de preços muito baixos, de embalagens com aspecto estranho, de líquidos com cor ou cheiro diferente do normal. Melhor prevenir do que, bem, você sabe.

No fim das contas, essa história serve como um alerta doloroso sobre os riscos que às vezes espreitam nas prateleiras mais escondidas dos mercados e das adegas. E sobre como, às vezes, o perigo mora não na organização do crime, mas na desorganização da ganância.