
Era uma tarde quente em Salvador quando a notícia chegou como um raio: Oruam, nome que vinha ecoando nos corredores da delegacia e nos botecos da cidade, finalmente decidiu encarar a música. Sim, aquele mesmo que era apontado como peça-chave numa teia de ilegalidades — tráfico, para sermos diretos — apareceu de mãos vazias (mas não de consciência leve) na porta da polícia.
Não foi um daqueles episódios dramáticos de filmes policiais. Nada de tiros, perseguições ou cenas de suspense. Apenas um homem, suado e com olheiras profundas — sinal de noites maldormidas —, apresentando-se voluntariamente. "Cansei", teria dito, segundo relatos de quem estava lá. Duas palavras que valem por mil explicações.
O que sabemos até agora?
Os investigadores, aqueles sujeitos de ternos surrados e café frio, já vinham colhendo fios dessa meada há semanas. Dizem que Oruam não era apenas mais um na cadeia alimentar do crime. Tinha influência, conexões, sabe como é? O tipo de sujeito que aparece nas conversas dos traficantes, mas que poucos realmente conhecem.
Curiosamente, sua decisão de se entregar coincidiu com um aumento repentino da pressão policial na região. Operações aqui, blitz ali... Será que o calor chegou muito perto? A polícia prefere não comentar, mas o sorriso satisfeito de alguns delegados fala por si.
E agora, José?
Oruam está sob custódia e deve responder por uma lista de acusações que não cabe num guardanapo de boteco. Tráfico, associação ao crime organizado, quem sabe até lavagem de dinheiro — o pacote completo. A defesa, é claro, garante que tudo não passa de um grande mal-entendido. "Ele é um trabalhador como qualquer outro", alega o advogado, enquanto ajusta a gravata.
Enquanto isso, nas ruas do subúrbio onde Oruam era figura conhecida, o clima é de... silêncio. Ninguém viu, ninguém sabe de nada. O velho ditado do "morcego" aplicado à perfeição. Mas nos grupos de WhatsApp, a história é outra — lá a fofoca corre solta, cada um com sua versão mais colorida que a outra.
Uma coisa é certa: esse caso ainda vai dar muito pano pra manga. Fiquem ligados.