Uma operação de grande porte realizada pelas forças de segurança no Rio de Janeiro terminou com um saldo trágico de 18 mortos nesta quarta-feira. O confronto, considerado um dos mais violentos dos últimos tempos, ocorreu em comunidades da Zona Norte da cidade e teve como alvo o Comando Vermelho, uma das principais facções criminosas do estado.
Operação de alto risco
Segundo informações das autoridades, a ação foi planejada para desarticular o setor financeiro da organização criminosa. Cerca de 200 agentes participaram da operação, incluindo policiais civis e militares, além de representantes do Ministério Público.
Os confrontos mais intensos ocorreram nas comunidades do Complexo da Penha e no Complexo de Jacarezinho, áreas historicamente dominadas pelo Comando Vermelho. Testemunhas relataram que os tiroteios começaram por volta das 6h da manhã e se estenderam por várias horas.
Balanço final da operação
- 18 suspeitos mortos em confrontos
- 3 policiais feridos, nenhum em estado grave
- Apreensão de 16 fuzis, 14 pistolas e 12 veículos
- R$ 50 mil em dinheiro apreendidos
Reação das autoridades
Em coletiva de imprensa, o secretário de Polícia Civil, Marcus Amim, defendeu a operação: "Foi uma ação necessária para combater uma organização criminosa que aterroriza a população. Todos os procedimentos foram seguidos dentro da legalidade".
Já organizações de direitos humanos manifestaram preocupação com o alto número de mortos e pediram investigação aprofundada sobre as circunstâncias dos óbitos.
Impacto na comunidade
Moradores das áreas afetadas relataram pânico durante as operações. Escolas e comércios fecharam as portas, enquanto residentes se viram impedidos de sair de casa devido à intensidade dos tiroteios.
Esta é considerada uma das operações mais letais desde a chacina do Jacarezinho em 2021, quando 28 pessoas morreram em ação policial, levantando novamente o debate sobre o uso da força pelo estado em comunidades carentes.