
Numa ação que deixou até os policiais experientes de queixo caído, a operação na Maré revelou um cenário digno de série policial. Não era um simples ponto de venda - encontraram uma fábrica inteira, com direito a maquinário profissional e estoque pra abastecer meio Rio.
Segundo fontes da delegacia, os agentes chegaram a pensar que estavam num episódio de Breaking Bad quando se depararam com:
- 3 prensas hidráulicas (daquelas que custam uma pequena fortuna)
- Quase 20 kg de maconha já embalada e pronta pra distribuição
- Vários pacotes de cocaína - alguns ainda em processo de 'preparo'
- Produtos químicos que fariam qualquer professor de química franzir a testa
Operação foi fruto de meses de investigação
O negócio tava tão bem montado que dá pra entender porque levou tanto tempo pra cair. Os investigadores contam que rastrearam compras suspeitas de equipamentos industriais - quem diria que prensas hidráulicas seriam a pista?
'Quando a gente viu a escala da coisa, percebemos que não era mais um ponto qualquer', comentou um delegado que preferiu não se identificar. 'Tínhamos um esquema profissional nas mãos.'
E não é que a 'empresa' até tinha setores definidos? Tinha área de produção, de embalagem, até um cantinho improvisado pra controle de qualidade - tudo isso escondido num galpão que, por fora, parecia mais abandonado que estádio depois de jogo do Vasco.
Impacto no tráfico local
Especialistas em segurança pública acreditam que a apreensão vai causar um terremoto no mercado ilegal da região. Não vai faltar só produto - vai faltar know-how pra repor tudo isso rapidamente.
Mas tem um porém: enquanto o varejo do crime sofre com a apreensão, os moradores da Maré seguem na mesma. 'A gente sabe que amanhã pode ter tiroteio por causa disso', lamentou uma moradora que não quis se identificar. 'Pra nós, polícia entrando sempre é sinal de problema.'
O caso agora segue sob investigação, com os investigadores tentando descobrir os responsáveis pela 'fábrica' - que, pelo nível de organização, provavelmente não eram amadores. Resta saber se vão conseguir pegar os chefões ou só os 'funcionários' do esquema.