
Imagine acordar com barulho de caminhões e sirenes — foi assim que começou o dia em mais de 120 endereços pelo Rio de Janeiro. A operação, que parecia saída de um roteiro de filme policial, botou o pé na porta de ferros-velhos que funcionavam na ilegalidade. E olha que não foi pouco: alguns desses lugares eram verdadeiros 'parques de diversões' do crime organizado.
O que rolou de verdade
Não foi só papelada irregular — a coisa era séria. Segundo fontes próximas à operação, muitos desses locais serviam de fachada para desmanche de carros roubados. Outros, pasmem, escondiam até lixo tóxico em meio às sucatas. "Tem lugar que nem deveria ser chamado de ferro-velho, era mais um depósito de problemas", soltou um agente, sem papas na língua.
Os números que impressionam
- 122 estabelecimentos fechados — alguns com décadas de funcionamento
- 15 toneladas de materiais apreendidos (de peças de carro a fios elétricos)
- 47 autuações por crimes ambientais
- 3 pessoas presas em flagrante
E tem mais: os fiscais encontraram de tudo — desde documentos rasurados até equipamentos industriais que "sumiram" de obras públicas. Parece que o negócio ia muito além da reciclagem criativa, não é mesmo?
Por que isso importa?
Além do óbvio dano ambiental (que já seria motivo suficiente), esses lugares funcionavam como peça-chave em esquemas maiores. "É a ponta do iceberg de uma cadeia criminosa", explicou o delegado responsável, enquanto vistoriava um galpão em Belford Roxo.
E não pense que foi operação rápida — os investigadores passaram meses mapeando cada endereço. Alguns donos até tentaram disfarçar, pintando fachadas ou mudando horários de funcionamento. Mas, como diz o ditado, por mais que a mentira corra...
O que vem por aí
Agora começa a fase mais chata: a papelada. Cada caso vai ser analisado individualmente, com multas que podem chegar a R$ 500 mil. E tem gente que ainda vai responder criminalmente — especialmente onde encontraram indícios de receptação qualificada.
Enquanto isso, os órgãos ambientais prometem "pente fino" nos registros de novos ferros-velhos. Afinal, como bem lembrou um fiscal: "Reciclagem é importante, mas não pode virar álibi para bandido" — e olha que ele nem estava sendo dramático.