Não é todo dia que a gente vê uma operação tão bem articulada assim — e olha que eu já cobri algumas ao longo dessas duas décadas de profissão. A Polícia Civil do Rio de Janeiro botou pra quebrar em Campos dos Goytacazes, e o resultado foi, pra dizer o mínimo, expressivo.
Pois é. Na manhã desta terça-feira (9), os agentes deram um baile no crime organizado que agia na região. Segundo meus contatos — gente que entende do riscado —, a investigação vinha sendo cozinhada em fogo baixo há tempos. Mas quando chegou a hora de agir, foi tudo muito rápido.
O que foi apreendido? Nem vou mentir: a lista é longa.
Droga pra caramba. Armas que não estavam registradas no prazo legal. Munição que ninguém quer ver nas mãos de quem não devia. E dinheiro — porque, no fim das contas, tudo gira em torno dele, não é mesmo?
Mas o mais importante: pessoas foram presas. Suspeitos de integrar uma rede que, convenhamos, só traz desgraça pra comunidade. Ainda bem que a polícia tá de olho.
E não para por aí.
A operação — que recebeu um daqueles nomes codificados que a gente até esquece depois — faz parte de uma estratégia maior. Algo como um quebra-cabeça sendo montado devagar, peça por peça. E desta vez, as peças se encaixaram direitinho.
Quem mora em Campos dos Goytacazes sabe como é. Às vezes a sensação é de que o tráfico dita as regras — mas ações como essa mostram que ainda há quem se importe. Ainda há quem enfrente.
Não vou romantizar: uma operação não resolve tudo. Mas é um começo. Um sinal. Algo que diz, nem que seja por um dia, que a lei ainda manda aqui.
E agora? Bem, agora é torcer para que isso não seja só um fogo de palha. Que venham mais investigações, mais apreensões, mais trabalho de inteligência. Porque no jogo contra o tráfico, todo detalhe importa.
Fica a dica — e a esperança.
