
Não foi um dia comum para os agentes da lei em Feira de Santana. A rotina da cidade, que já vive sob a sombra do crime organizado, teve um alívio momentâneo com a prisão de uma peça-chave no tabuleiro do tráfico local. A mulher de um conhecido líder faccionista — cujo nome a polícia prefere não divulgar por enquanto — foi capturada após meses de investigação.
Ela não era apenas a esposa. Tinha papel ativo, gerenciando logística, finanças e até recrutamento para o grupo. "Era como se fosse a CFO do crime", brincou um delegado, sem perder a seriedade. Os policiais encontraram anotações meticulosas, celulares adulterados e uma rede de contatos que surpreendeu até os investigadores mais experientes.
Operação minuciosa
Foram semanas de monitoramento. A equipe descobriu que ela usava o comércio local como fachada — uma lojinha de bairro, daquelas que vende de tudo um pouco — para lavar dinheiro e disfarçar encontros. Mas o disfarce ruiu quando um entregador, sem querer, flagrou uma conversa comprometedora.
Na hora da prisão, segundo relatos, ela tentou argumentar: "Só tava ajudando meu marido, ué!". Mas as provas eram claras. Anotações em códigos, transferências bancárias suspeitas, e o pior — mensagens coordenando entregas de drogas em escolas. Isso deixou os investigadores furiosos.
O que vem por aí?
O delegado-chefe adiantou que essa prisão é só o começo. "Tem gente importante por trás, e vamos pegar todos", prometeu, enquanto ajustava o colete à prova de balas. A população, por sua vez, respira aliviada — mas sem muita esperança. Afinal, em Feira de Santana, todo mundo sabe: quando cai um, já tem outro na fila.
Enquanto isso, a "gerente do crime" aguarda julgamento. E o marido? Sumiu. Como diz o ditado no submundo: "Cada um por si...".