Justiça liberta policiais do RJ acusados de revender maconha apreendida: caso choca e gera revolta
Justiça liberta PMs acusados de revender maconha no RJ

Um caso que chocou o Rio de Janeiro ganhou novos capítulos nesta semana. Dois policiais militares, acusados de participar de um esquema de desvio e revenda de 16 toneladas de maconha apreendida em operações, tiveram a liberdade concedida pela Justiça. A decisão, que já causa revolta na sociedade, reacende o debate sobre a impunidade e a infiltração do crime nas instituições.

O caso que expôs a corrupção policial

Os agentes, que atuavam no Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), foram presos em 2023 após investigações apontarem seu envolvimento no desvio de drogas apreendidas em operações policiais. Segundo as apurações, a maconha era revendida para facções criminosas, alimentando o ciclo de violência no estado.

Justiça concede liberdade, mas caso não está encerrado

Apesar da gravidade das acusações, a Justiça considerou que não havia mais risco para a investigação ou necessidade de manter os policiais atrás das grades. A defesa alegou que os processos estavam parados e que seus clientes já cumpriram tempo suficiente de prisão preventiva.

Entretanto, o Ministério Público já anunciou que vai recorrer da decisão, afirmando que a soltura dos acusados coloca em risco testemunhas e pode atrapalhar as investigações sobre possíveis outros envolvidos no esquema.

Reação da sociedade e especialistas

O caso gerou indignação nas redes sociais e entre especialistas em segurança pública. Para muitos, a decisão judicial é um retrocesso na luta contra a corrupção dentro das forças policiais.

  • "Isso envia a mensagem errada para outros policiais que podem estar envolvidos em esquemas semelhantes", afirma um especialista.
  • "A população fica descrente quando vê casos graves como esse terminarem em impunidade", desabafa uma moradora da capital fluminense.

O caso continua sob investigação, e novas decisões judiciais devem surgir nos próximos meses. Enquanto isso, a sociedade acompanha atenta mais esse capítulo da crise de credibilidade nas instituições de segurança do Rio.