Salvador ainda tenta digerir o choque. Na madrugada desta quarta (7), um crime brutal tirou a vida de um trabalhador invisível — aqueles que sustentam a cidade com as próprias mãos, catando o que outros descartam. Desta vez, o alvo foi um reciclador, vítima de uma violência que parece não ter limites.
A polícia agiu rápido, hein? Em menos de 48 horas, um grupo de quatro pessoas estava algemado. Dois homens e duas mulheres — porque sim, a crueldade não escolhe gênero. Eles foram pegos no bairro de São Cristóvão, região onde o crime aconteceu. Armas e drogas apreendidas. Caso clássico de violência que mistura tráfico e falta de oportunidades.
O que se sabe até agora
Detalhes do inquérito são de arrepiar. O reciclador — nome ainda não divulgado — foi abordado pelos suspeitos por volta das 3h. Testemunhas ouvidas pela polícia disseram ter ouvido gritos. Depois, silêncio. Quando a PM chegou, encontraram o corpo com marcas de violência extrema. Não foi roubo. Parece ter sido "ajustamento de contas", como dizem nas ruas.
Mas sabe o que mais revolta? O cara trabalhava. Madrugada adentro, catando latinha pra sobreviver. E morreu como? Por nada. Absolutamente nada.
Reação das autoridades
O delegado responsável pelo caso, em entrevista coletiva, não escondeu a indignação: "Isso aqui é o retrato de uma sociedade doente". A Secretaria de Segurança Pública prometeu reforçar patrulhas na região — aquela velha promessa que a gente já conhece de cor, não é mesmo?
Enquanto isso, no local do crime, vizinhos falam em medo. "A gente vive trancado", desabafa uma moradora que pediu pra não ser identificada. E não é pra menos. Só neste ano, São Cristóvão já registrou 18 homicídios. Números que doem.
Os presos vão responder por homicídio qualificado (ou seja, com agravantes) e associação criminosa. Se condenados, podem pegar até 30 anos. Mas cá entre nós: cadeia resolve? Ou só vira mais um ciclo nessa engrenagem que não para de moer vidas?
