Imagine comprar um presunto ou salame achando que está tudo dentro do prazo, mas na verdade o produto já estava podre há semanas. Foi exatamente isso que um depósito em Limeira, no interior de São Paulo, tentou esconder — e de forma bem ardilosa.
Segundo a polícia, o local — que parecia inofensivo por fora — era um verdadeiro "laboratório da fraude". Lá, funcionários alteravam manualmente as datas de validade de frios e embutidos que já deveriam ter ido para o lixo. Um esquema que, convenhamos, daria um ótimo roteiro para um filme de suspense alimentar.
Como a fraude funcionava?
Detalhes que dão calafrios:
- Produtos com validade original entre maio e julho de 2025 tiveram etiquetas adulteradas para setembro ou outubro
- Marcações a laser eram apagadas com solventes — aqueles que fazem até tinta sumir como mágica
- Novas embalagens falsas eram impressas em gráficas clandestinas
E o pior? Parte dessa mercadoria já tinha chegado a mercados e açougues da região. "É um risco enorme à saúde pública", afirmou um delegado que prefere não se identificar — afinal, a investigação ainda está quente.
Operação pegou de surpresa
Na última segunda-feira (12), a polícia fez uma operação relâmpago no local. Encontrou:
- Mais de 1,2 tonelada de produtos vencidos prontos para "renascerem" com novas datas
- Equipamentos caseiros de adulteração — nada sofisticado, mas eficiente no crime
- Notas fiscais falsas que dariam inveja a qualquer contador criativo
Três pessoas foram presas em flagrante. Se condenadas, podem pegar até 8 anos de cadeia — tempo suficiente para refletir sobre escolhas alimentares duvidosas.
Enquanto isso, a vigilância sanitária faz um recall dos produtos suspeitos. Se você comprou frios em Limeira recentemente... bom, talvez seja hora de dar uma olhada extra na validade.
