
Imagine a cena: carros sumindo como mágica de dentro de pátios oficiais, justo onde deveriam estar mais protegidos. Pois é, em Maceió, uma quadrilha especializada transformou essa improbabilidade em rotina — e o pior, durante anos.
A operação que desmontou esse esquema — digno de roteiro de filme — revelou detalhes que deixariam qualquer um de cabelo em pé. Os caras não tinham pressa: agiam com calma, conhecimento de causa e, pasmem, até com ajuda de funcionários públicos.
O modus operandi que desafiava a lógica
Não era furto relâmpago, não. A coisa era bem mais elaborada:
- Primeiro passo: identificavam veículos com documentação "problemática" — aqueles que ficariam menos "sentidos"
- Segundo ato: adulteravam números de chassis e motores com técnica de ourives
- O pulo do gato: contavam com conivência interna para liberar os veículos como se fossem liberações normais
E olha que o esquema não era coisa de amador — estima-se que dezenas de carros tenham "evaporado" assim. Um verdadeiro serviço de "desaparição automotiva" sob encomenda.
Quem estava por trás da jogada?
A polícia prendeu quatro suspeitos que pareciam ter dividido bem as tarefas:
- Dois funcionários públicos (que obviamente conheciam os processos internos)
- Um especialista em adulteração de veículos (o "artesão" do grupo)
- Um intermediário para colocar os carros no mercado ilegal
O que mais choca? A naturalidade com que operavam. Segundo investigações, os carros sumiam em plena luz do dia, com toda a cara de pau. "Era como se estivessem só fazendo seu trabalho normal", comentou um delegado envolvido no caso.
E não pense que eram carros velhos — modelos zero-quilômetro e seminovos de bom padrão eram os preferidos da quadrilha. Afinal, no mercado paralelo, quanto mais novo, mais fácil de revender.
Como o esquema veio abaixo
Toda boa jogada tem seu ponto fraco. Nesse caso, foi a ganância. Os caras começaram a agir com tanta frequência que chamaram atenção até dos mais desatentos. Quando um fiscal mais atilado notou que alguns veículos "desapareciam" antes mesmo de serem vistoriados, a casa caiu.
A operação que desbaratou o esquema envolveu:
- Monitoramento discreto por semanas
- Cruzamento de dados que não batiam
- Até rastreamento de conversas pelo WhatsApp (sim, eles marcaram encontros pelo app)
Agora, a pergunta que não quer calar: quantos esquemas assim ainda operam por aí? Se esse foi descoberto quase por acaso, imagina quantos podem estar rolando nesse momento...