Operação no Rio desmantela rede criminosa que usava drones para monitorar policiais
Drones criminosos: operação prende 11 no Rio

Uma sofisticada rede criminosa que utilizava drones de última geração para monitorar e sabotar operações policiais no Rio de Janeiro foi desmantelada nesta segunda-feira (28). A Operação Skywatcher, realizada pela Polícia Civil, resultou na prisão de 11 integrantes da facção que atuava no Complexo da Maré.

Tecnologia a serviço do crime

As investigações revelaram que o grupo utilizava aeronaves não-tripuladas equipadas com câmeras de alta resolução para vigiar os movimentos das forças de segurança. As informações coletadas eram transmitidas em tempo real para os criminosos em terra, permitindo que se antecipassem às ações policiais.

"Essa era uma estratégia de inteligência muito avançada, que dava uma vantagem logística significativa aos criminosos", explicou um delegado envolvido na operação.

Como funcionava o esquema

  • Drones sobrevoavam áreas estratégicas das comunidades
  • Imagens eram transmitidas para centros de comando improvisados
  • Alertas eram enviados para integrantes da facção via aplicativos de mensagem
  • Armas e drogas eram escondidas antes da chegada da polícia

Resultados da operação

Além das prisões, os policiais apreenderam equipamentos de grande valor utilizados na operação clandestina:

  1. 5 drones profissionais com capacidade de voo noturno
  2. 12 aparelhos de telefonia celular
  3. Tablets e computadores usados no monitoramento
  4. Diversas munições de calibres variados

A investigação começou há aproximadamente três meses, quando agentes notaram um padrão incomum de vigilância durante operações rotineiras. A descoberta levou a uma investigação aprofundada que identificou a estrutura completa da rede.

Impacto na segurança pública

Especialistas em segurança alertam que o uso de drones por organizações criminosas representa um novo desafio para as polícias em todo o país. A tecnologia, antes restrita a operações militares e empresariais, tornou-se acessível e está sendo adaptada para fins ilícitos.

"Precisamos evoluir nossas táticas e investir em tecnologia de contramedidas. Essa é a nova fronteira do combate ao crime organizado", avaliou um especialista em segurança pública.

A operação continua em andamento, com a polícia investigando possíveis conexões do grupo com outras facções e a origem do financiamento para a aquisição dos equipamentos de alta tecnologia.