
Não foi um amanhecer tranquilo nas redondezas de Vilhena. Enquanto a neblina ainda cobria os cafezais, o estampido de rajadas cortou o silêncio — era o BOPE entrando em cena, com aquela mistura de precisão militar e tensão palpável que só quem já viu de perto conhece.
O alvo? A tal Liga dos Camponeses Pobres, grupo que anda fazendo barulho na região com ocupações controversas. Segundo fontes, a operação foi deflagrada depois de denúncias de ameaças a produtores rurais — mas, como sempre nesses casos, a história tem mais camadas que cebola.
O que de fato aconteceu:
- Por volta das 5h30, 12 viaturas cercaram uma área rural próxima à BR-364
- Houve troca de tiros — felizmente sem vítimas fatais, só uns sustos dos grandes
- Dois suspeitos foram detidos com armas caseiras e um arsenal de panfletos militantes
O delegado responsável, em entrevista cheia daquelas pausas estratégicas, falou em "operação preventiva". Já os vizinhos — esses sempre os melhores repórteres — contam que o clima tá mais carregado que nuvem de chuva de verão.
E agora?
Pois é. Enquanto a poeira (literal) baixa, o Ministério Público já anunciou que vai apurar excessos. De um lado, os ruralistas comemoram; do outro, movimentos sociais falam em "criminalização da luta pela terra". E no meio? Bom, no meio ficam os moradores, que só querem plantar sua mandioca em paz.
Uma coisa é certa: essa história longe de acabar. Rondônia, com seu histórico de conflitos agrários, parece ter virado palco de mais um capítulo dessa novela sem fim. Fiquem ligados.