
Numa ação que mistura fiscalização com um toque de faroeste — afinal, estamos falando de Barretos —, a Polícia Civil deu um cheque-mate em um esquema de falsificação que tentava capitalizar em cima da fama da Festa do Peão de Boiadeiro. Mais de 120 quilos de produtos piratas, todos estampados com a marca do evento, foram apreendidos nesta quarta-feira (14).
Parece que alguém resolveu "montar no touro errado". Entre os itens confiscados, camisetas, bonés e até acessórios que, de longe, até enganavam. Mas de perto? Nem tanto. A qualidade duvidosa e os detalhes mal acabados denunciavam a fraude.
Operação surpresa no coração do rodeio
Por volta das 10h, os policiais — que agiam em sigilo — cercaram um galpão na zona leste da cidade. Lá dentro, encontraram uma linha de produção improvisada, com máquinas de serigrafia e pilhas de tecidos aguardando para virar "artigos oficiais". Dois homens, entre 30 e 45 anos, foram levados para depor.
"Eles não esperavam por nós", contou um dos agentes, que preferiu não se identificar. "Estavam tão tranquilos que até tinham um café passando quando chegamos." Ironia do destino: numa cidade onde o berrante é símbolo, o alarme tocou tarde demais para os suspeitos.
Prejuízo que vai além do financeiro
Segundo a organização da Festa do Peão, as perdas não se limitam ao dinheiro. "Isso machuca a imagem de um evento que é patrimônio cultural", desabafou um representante, visivelmente irritado. A estimativa é que as peças falsas poderiam gerar até R$ 200 mil em vendas ilegais durante o rodeio.
- O que foi apreendido: 85 camisetas, 37 bonés, 50 chaveiros e 20 garrafinhas térmicas
- Origem: Materiais vinham de São Paulo, mas eram "customizados" no local
- Punição: Crime contra a propriedade industrial (Lei 9.279/96) — pena pode chegar a 1 ano de detenção
E aí, o que você acha? Num país onde o "jeitinho" às vezes vira até piada, será que operações como essa conseguem frear a pirataria? Enquanto isso, a Festa do Peão segue firme: a edição 2025 está marcada para agosto, com ou sem cópias baratas.