Tráfico de drogas lidera crimes entre adolescentes em MG: dados alarmantes revelam cenário preocupante
Tráfico lidera crimes entre adolescentes em MG

Os números não mentem — e, no caso dos adolescentes em Minas Gerais, eles gritam. O último relatório anual de criminalidade jogou luz sobre um problema que muitos já desconfiavam: o tráfico de drogas é, de longe, o crime mais comum entre os jovens mineiros. E olha que não é por pouco.

Dá pra acreditar? Enquanto a gente discute se TikTok faz mal ou não, uma parcela da juventude tá se enroscando em situações bem mais graves. Os dados mostram que, só no último ano, casos envolvendo adolescentes e narcotráfico representaram quase 40% das ocorrências. Assustador, né?

O retrato cru da realidade

Parece clichê, mas os especialistas batem na mesma tecla: falta oportunidade, sobra vulnerabilidade. "É uma equação perversa", comenta o sociólogo Carlos Mendes, que estuda o tema há 15 anos. "Quando a escola não segura, o tráfico abraça — e como abraça."

Detalhe que dói: a maioria desses jovens nem chega a ser "peixe grande" no esquema. São os chamados "aviõezinhos", que arriscam a pele por mixaria. E aí? Cadê o futuro prometido?

  • 62% dos casos ocorrem em áreas periféricas
  • 1 em cada 4 adolescentes reincide no crime
  • Menores de 16 anos representam 28% dos envolvidos

E as outras infrações?

Depois do tráfico, roubo e furto aparecem no ranking — mas com números bem menores. Curiosamente, crimes digitais, que a gente imagina que seriam altos nessa faixa etária, não chegam a 5% do total. Será que a molecada é mais esperta que a polícia nesse quesito? Ou será que as denúncias não chegam?

Ah, e antes que alguém solte o clássico "antigamente era melhor", os dados mostram que a situação melhorou levemente nos últimos 3 anos. Melhorou pouco, mas melhorou. Ainda assim, tá longe de ser o ideal.

O que tá sendo feito (e o que não tá)

Programas sociais existem, mas esbarram na falta de verba e — pasme — na baixa adesão. "Muitos jovens nem sabem que esses projetos existem", lamenta a assistente social Ana Lúcia, que trabalha numa comunidade carente de Belo Horizonte.

Enquanto isso, nas redes sociais, a discussão esquenta. De um lado, quem pede redução da maioridade penal. Do outro, quem defende mais investimento em educação. No meio, os adolescentes, que muitas vezes nem escolheram estar ali.

Uma coisa é certa: sem ação conjunta — governo, sociedade, família —, esse barco vai continuar afundando. E aí, quando a conta chegar, vai doer no bolso de todo mundo.