
Era só mais uma tarde comum no posto de saúde — até que o telefone tocou. Do outro lado, uma denúncia anônima que faria a carreira de uma técnica de enfermagem em Santa Catarina virar de cabeça para baixo. Acusada de vender atestados médicos falsos, a profissional foi sumariamente demitida. Mas aí vem a reviravolta: sua defesa garante que não houve nenhuma 'falsificação'. Será?
Segundo fontes próximas ao caso, a técnica — cujo nome foi preservado — teria cobrado entre R$ 50 e R$ 200 por documentos que dispensavam pacientes do trabalho. Uma prática, digamos, 'criativa' de complementar a renda. Só que, como diz o ditado, o barato saiu caro.
O outro lado da moeda
Os advogados da acusada jogam um balde de água fria na história. Em declaração que parece saída de roteiro de filme, afirmam categoricamente: "Ela nunca falsificou nada, apenas agilizava a emissão de atestados legítimos para quem já tinha condições de saúde comprovadas". Convenhamos, essa explicação deixou até o delegado de plantão com as sobrancelhas lá no alto.
Detalhe curioso: a defesa alega que os valores recebidos eram "contribuições voluntárias" pelo trabalho extra. Coisa de quem ajuda o próximo, entende? O problema é que, no mundo real, isso tem um nome bem menos poético: venda de documentos públicos.
O que diz a lei
Pois é, a brincadeira — se é que podemos chamar assim — pode render até 5 anos de cadeia. O artigo 297 do Código Penal não deixa margem para interpretações criativas: falsificar documento público é crime, ponto final. E mesmo que a defesa insista na tese da 'facilitação', especialistas consultados torcem o nariz.
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Enquanto isso, nas redes sociais, o caso virou piada pronta. "Tá difícil até para faltar ao trabalho honestamente", brincou um usuário. Outros, mais indignados, questionam: "E os pacientes que realmente precisavam de atendimento?". A verdade é que, independentemente do desfecho jurídico, a reputação da profissional já saiu arranhada.
Resta saber se a Justiça vai engolir a versão dos advogados ou se essa história vai terminar como tantas outras — com um belo exemplo do que não se deve fazer no serviço público. Fica a dica.