
O que leva um adolescente de apenas 15 anos a supostamente arquitetar um crime que chocou o Rio Grande do Sul? Em Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre, a polícia desvendou os fios de uma trama macabra — um triplo homicídio com requintes de crueldade que, pasmem, teria sido planejado por um menor.
Segundo as investigações — que ainda correm em sigilo — o garoto seria o "cérebro" por trás das execuções que vitimaram três homens na noite de quarta-feira. Os corpos foram encontrados com marcas de tiros à queima-roupa, num terreno baldio do bairro São José.
Os detalhes que arrepiaram os investigadores
Não foi um crime qualquer. A cena apresentava características de "acerto de contas" — aquela violência metódica que costuma marcar ações do crime organizado. E o pior? Tudo indica que o adolescente não agiu sozinho.
- Dois homens adultos já foram presos como suspeitos de participação
- Armas utilizadas nos crimes foram apreendidas
- Motivação pode estar ligada a dívidas do tráfico
"É assustadora a frieza com que esse plano foi executado", confessou um delegado que pediu anonimato. "Quando você vê a idade do suposto mentor, percebe o quanto o crime está recrutando jovens."
O que diz a lei?
Aqui vem o nó da questão — por ter menos de 18 anos, o adolescente não responderá pelo crime como adulto. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê medidas socioeducativas que, na prática, significam no máximo três anos de internação.
E aí? Você acha justo? Enquanto isso, nas redes sociais, a população de Esteio não esconde a revolta:
"Meu bairro virou terra de ninguém. Cadê o Estado?", desabafa uma moradora no Facebook.
A polícia garante que o caso está sendo tratado como prioridade. Resta saber se a Justiça conseguirá frear esse ciclo de violência que, cada vez mais, envolve rostos juvenis.